Moscou abandonou sua participação do acordo de exportação grãos ucranianos após um ataque a navios russos, incluindo os que guardam o fluxo de grãos para fora do mar Negro, na região de Sevastopol, comunicou a Defesa da Rússia.
De acordo com relatos da agência Sputnik, no início da manhã de sábado (29) Kiev realizou um ataque terrorista contra navios da Frota do Mar Negro e navios civis dentro e fora da base naval de Sevastopol. Segundo relatou o Ministério da Defesa russo, a preparação do ataque e o treinamento de militares do 73º Centro de Operações Marítimas Especiais da Ucrânia foram realizados por especialistas britânicos.
“Tendo em conta o ato terrorista realizado em 29 de outubro pelo regime de Kiev, com a participação de especialistas britânicos, contra os navios da Frota do Mar Negro e navios civis envolvidos na garantia da segurança do ‘corredor de grãos’, o lado russo suspende a participação na implementação de acordos sobre a exportação de produtos agrícolas dos portos ucranianos”, anunciou o ministério.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia explicou que ele e as autoridades russas competentes agora estão tomando todos os passos para determinar a culpabilidade dos especialistas britânicos.
Substituição
Já o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) da Rússia expressou sua disponibilidade em substituir totalmente o fluxo de grãos ucranianos para os outros países.
“Tendo em conta a colheita deste ano, a Federação da Rússia está pronta para substituir totalmente os grãos ucranianos e fornecê-los a preços aceitáveis a todos os países interessados. Este ano a Rússia já colheu 150 milhões de toneladas de grãos, e estimamos o potencial de exportação na estação atual em mais de 50 milhões de toneladas”, propôs Dmitry Patrushev, ministro da Agricultura da Rússia.
De acordo com Patrushev, a Rússia já forneceu 500.000 toneladas de grãos aos países pobres em pouco mais de três meses, e fará isso “com a participação do nosso parceiro constante – a Turquia”.
Foto: AFP e Vitaly Tinkiv/sputnik