Santa Isabel de Aragão é instituída padroeira da Câmara Municipal de Mariana

Santa Isabel de Aragão é instituída padroeira da Câmara Municipal de Mariana
Foto: Eduardo da Costa
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A Câmara Municipal de Mariana oficializou Santa Isabel de Aragão como sua padroeira em uma cerimônia realizada na última segunda-feira, 26 de maio.

Essa decisão reaviva uma tradição de longa data entre o poder legislativo municipal e a Arquidiocese de Mariana, que costumavam celebrar juntos em homenagem à generosa rainha de Portugal.

Em 1711, o dia de Santa Isabel de Aragão, 4 de julho, foi escolhido para a primeira eleição livre de Minas Gerais, tornando-se o aniversário da Câmara Municipal.

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Este ano, na mesma data, será realizada uma Santa Missa em honra a Santa Isabel e à Câmara de Mariana.

A cerimônia religiosa acontecerá na Igreja de São Francisco de Assis, localizada na Praça Minas Gerais e pertencente à Paróquia Nossa Senhora da Assunção. Além disso, a solenidade também prestará homenagem a José Pereira Arouca, mestre de obras do templo e figura política importante da região no século XVIII.

Durante a reunião que oficializou a escolha da padroeira, o vice-ministro da Ordem Terceira Franciscana, Luciano Santos, destacou que, devido às circunstâncias da Segunda Guerra Mundial, Mariana havia deixado de celebrar Santa Isabel de Aragão.

A última Missa em sua honra foi realizada em 1936, presidida pelo então Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira.

A vida de Santa Isabel de Aragão

A história de Santa Isabel de Aragão, também conhecida como Rainha Santa Isabel, é um exemplo inspirador de piedade, caridade e pacificação. Nascida em 1271 em Zaragoza, Espanha, ela era filha de Pedro III de Aragão e Constança de Sicília, pertencendo a uma família real espanhola. Desde jovem, Isabel demonstrou uma profunda devoção religiosa e foi educada na fé cristã. Aos 12 anos, casou-se com o rei D. Dinis de Portugal, tornando-se rainha consorte. Apesar de um casamento arranjado, ela assumiu suas responsabilidades como rainha com seriedade e dedicação.

Durante seu reinado ao lado de D. Dinis, Isabel destacou-se por suas obras de caridade e promoção da paz. Fundou hospitais, albergues e outras instituições de caridade, demonstrando constante preocupação com os mais necessitados. Sua humildade e simplicidade eram conhecidas, muitas vezes envolvendo-se pessoalmente no cuidado dos doentes e pobres.

Um dos episódios mais famosos de sua vida é o “Milagre das Rosas”, onde pães transformaram-se em rosas ao serem revelados por Isabel a seu marido, durante um rigoroso inverno. Após a morte de D. Dinis, em 1325, Isabel retirou-se para o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, vivendo como terciária franciscana e continuando suas obras de caridade e devoção religiosa.

Santa Isabel faleceu em 4 de julho de 1336, em Estremoz, tentando mediar a paz entre seu filho Afonso IV e o rei de Castela. Seu corpo foi enterrado no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde é venerado até hoje. Canonizada em 1625 pelo Papa Urbano VIII, Santa Isabel é lembrada como um exemplo de caridade, humildade e dedicação à paz. Sua festa litúrgica é celebrada em 4 de julho.

O legado de Santa Isabel de Portugal é marcado por sua nobreza de alma e sua capacidade de servir aos outros e promover a harmonia. Ela permanece uma figura emblemática da história de Portugal, lembrada não apenas como rainha, mas como uma santa cujas ações e milagres transcendem o tempo.

Com informações de Irmãs Hospitaleiras