O presidente Jair Bolsonaro desistiu da viagem que faria aos Estados Unidos na próxima semana.
Ele seria homenageado pela Câmara de Comércio, em Nova York, como o homem do ano, mas locais escolhidos pela organização se recusaram a receber evento; patrocinadoras também desistiram de bancar a homenagem.
Durante esta semana aconteceram diversas manifestações contrárias ao presidente nos Estados Unidas, que geraram ameaças de boicote e protestos de organizações norte-americanas de direitos civis, além de deputados da Câmara, senadores e o próprio prefeito da cidade.
Todos se recusaram a sediar a homenagem.
O prefeito Bill de Blasio, chegou a dizer a pedir a um dos locais escolhidos que não recebesse o presidente por considerá-lo um ” um ser humano perigoso”.
Em nota divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência foi informado que o presidente decidiu cancelar a viagem.
De acordo com a nota, assinada pelo porta-voz de Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, a viagem foi cancelada porque “ficou caracterizada a ideologização da atividade”.
Íntegra
NOTA À IMPRENSA
O Presidente da República agradece a homenagem proposta pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, ao escolhê-lo “Personalidade do Ano de 2019”.
Entretanto, em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade.
Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami.
Otávio Santana do Rêgo Barros
Porta Voz da Presidência da República