Senado convida Pazuello para explicar ações de enfrentamento à pandemia

Indígenas expressam sofrimento causado pela Covid. Senador representante do Amazonas, Eduardo Braga, quer respostas de Pazuello para o seu estado. Segundo ele, em 10 meses, 8,6 mil amazonenses perderam a vida por covid-19. Foto: Michael Dantas/AFP
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi convidado por senadores para explicar, em sessão temática, as dificuldades que o país tem enfrentado para agilizar a imunização da população contra a covid-19 e indicar quais medidas estão sendo adotadas pela pasta para promover a vacinação em todo o país. O requerimento com o convite foi aprovado simbolicamente na sessão desta quinta-feira (4), mas ainda não há data definida para a participação do ministro.   

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, foi criticado por senadores e convidado a explicar ações ou falta delas no combate à pandemia, especialmente no norte do país. Foto: Anderson Riedel/PR

Inicialmente, o requerimento de autoria da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), previa a convocação de Pazuello, o que obrigaria a participação do ministro. No entanto, após o apelo do líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), que garantiu a confirmação de presença do gestor, a autora aceitou convertê-lo em convite. 

Embora, líder, não seja essa a minha vontade diante da frieza, diante da ineficácia, diante da falta de destreza na administração do conflito que este país viveu e está vivendo — observou Rose ao criticar a condução da crise sanitária pelo ministro.  

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A preocupação com o crescente número de casos e de óbitos pela doença registrado no país além da situação dramática vivenciada no estado do Amazonas também justificaram a aprovação do convite. Foto: BBC

O líder do MDB e senador representante do Amazonas, Eduardo Braga, disse que quer respostas de Pazuello para o seu estado. Segundo ele, em 10 meses, 8,6 mil amazonenses perderam a vida por covid-19.

Só no mês de janeiro, praticamente 3 mil amazonenses morreram: morreram por falta de oxigênio, morreram por falta de vacina, por falta de leitos, por falta de um socorro médico. E, lamentavelmente, isso aconteceu com o conhecimento das autoridades, das autoridades do meu estado, das autoridades municipais e das autoridades da saúde pública nacional e do Ministério da Saúde — disse.

A crítica à gestão do ministro foi acompanha pelo senador Major Olimpio (PSL-SP). Para ele, houve “omissão” da pasta no enfretamento à crise anunciada em Manaus.

Morreram pela irresponsabilidade criminosa, pelo negacionismo, por estar brincando com a vida, por sair num avião com seis cilindros de oxigênio para tirar foto em Manaus; por receber, nos dias 8, 9, 10, 11, 12, 13, relatórios da força-tarefa do SUS dizendo que iria começar a morrer gente asfixiada — apontou.

Fonte: Agência Senado

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