Início Cultura Sucesso do I Flitabira aumenta expectativa para segunda edição em 2022

Sucesso do I Flitabira aumenta expectativa para segunda edição em 2022

Com participação de Pedro Drummond e Bruna Lombardi, o festival de literatura superou previsões durante cinco dias de evento

Itabira vivenciou boas surpresas durante o seu festival literário.

Em sua primeira edição, o Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) conseguiu, durante os cinco dias de evento, levar aos itabiranos apresentações culturais e musicais. O público também pode participar de lançamento de livros e assistir a debates importantes sobre literatura e Carlos Drummond de Andrade.
A experiência positiva do I Flitabira aumentou a expectativa para a segunda edição em 2022, que celebrará os 120 anos de Drummond e o centenário de José Saramago.

Apoiado pela Prefeitura de Itabira e Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) com patrocínio do Instituto Cultural Vale, o festival foi idealizado pelo jornalista Afonso Borges e aconteceu na Praça do Centenário, com o objetivo de incluir Itabira na rota dos grandes festivais nacionais e internacionais.

Ao todo, 29 escritores itabiranos tiveram a oportunidade de lançar obras e mediar rodas de conversas. Além disso, foi possível fazer um mergulho na história do Brasil com a imersão proposta pela Carreta Museu da UFMG, que ficou estacionada em frente a Casa de Drummond.
Para o prefeito Marco Antônio Lage, “tudo superou as expectativas: a qualidade do evento, a montagem, o público participante, que compareceu de forma encantadora, os espetáculos, a interação com a educação e geração de negócios na cidade. Com isso, estamos preparados para o ano que vem, tudo dentro da dinâmica de um evento que Itabira merece” afirmou.

Segundo o prefeito, a promessa é que ano que vem seja o momento de internacionalização do festival e, por isso, a união de Saramago e Drummond , dois escritores internacionais e universais. “Queremos um evento que definitivamente entre no calendário dos turistas e itabiranos que gostam de cultura e literatura. Dessa forma, teremos ainda mais orgulho de Itabira”, completou.

Afonso Borges, idealizador do Flitabira, também fez um balanço positivo da repercussão do evento. “ Tudo deu certo, essa intensidade de ser presencial e online, com noite de autógrafos, teatro e gastronomia. Deu certo desde a forma agradável e receptiva que os itabiranos receberam o Flitabira. Meus olhos e meus pensamentos estão focados para o ano que vem”, reforçou o jornalista.

Com a oportunidade de encerrar o festival e comemorar os 119° anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, o artista plástico itabirano, Genin Guerra, lançou o seu livro “Solo, álbum das glórias musicais”, resultado de 10 anos de trabalho.

“Para mim é uma honra, primeiro por eu ser itabirano e segundo por ser o aniversário do poeta. Torço para que continue firme e forte esse festival! Meu livro traz cerâmicas caricaturais de pessoas que realmente admiro na Música Popular Brasileira. Foram 10 anos de trabalho”, destacou o artista.

Participantes ilustres

O I Flitabira contou com a participação do escritor e neto de Carlos Drummond de Andrade, Pedro Drummond, e da atriz e escritora Bruna Lombardi. Ambos lançaram livros durante a programação do festival. Segundo Pedro Drummond, o evento confirmou a vocação natural da cidade, berço da literatura. “Para mim, estar em Itabira sempre foi uma emoção. Tive o privilégio de ter tocado o sino Elias, ouvi um som que faz parte de Itabira há mais de um século, que meu avô ouvia quando era criança e isso me comoveu profundamente” relatou Pedro.

Ainda, conforme o neto de Drummond, é muito comovente ver o carinho que as pessoas têm pelo poeta até hoje. “Carimbei o livro do meu avô com um carimbo que mandei fazer com a dedicatória do Carlos, que se adapta às circunstâncias de hoje. Na falta, faço isso com a letrinha e autocaricatura dele”, afirmou.

Bruna Lombardi também demonstrou entusiasmo com a iniciativa e reiterou que festivais como esse fazem muito bem para a cidade, para a poesia e memória de Drummond. “Estar aqui me fez pensar em várias ideias! Vi, por exemplo, que poderia ter na cidade uma rua só com poesias e cafés, com poemas escritos na parede para que as pessoas possam tirar fotos e ler. Além de promover festivais literários como este para que realmente haja um movimento cultural que estimule novos talentos”, disse Bruna.

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