Supremo mantém quebras de sigilo de Pazuello e Mayra

As quebras haviam sido autorizadas pela CPI da Covid e questionadas pelo general e pela "capitã cloroquina" ao Supremo Tribunal Federal.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidiu, neste sábado (12) pela manutenção da quebras de sigilos telefônico e telemático do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da secretária do Ministério da Saúde, conhecida por “Capitã Cloroquina”, Mayra Pinheiro.

Ministro do STF, Ricardo Lewandowski considerou não haver ato abusivo da CPI.

Na argumentação apresentada, Lewandowski entendeu ser competência do Legislativo a decisão sobre a quebra de sigilo e que não caberia ao Judiciário se interpor.
“No caso sob exame, para a configuração de ato abusivo apto a embasar a concessão da cautelar requerida seria preciso ficar inequivocamente demonstrada a falta de pertinência temática entre a medida aqui questionada e os fatos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Tal descompasso, contudo, a meu sentir, não restou devidamente demonstrado”, escreveu.
Na avaliação de senadores que integram a CPI da Covid, as quebras de sigilos são importantes para a investigação da existência de um “gabinete paralelo” que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro nas interferências no Ministério da Saúde.

De acordo com os parlamentares, esse aconselhamento pode ter ajudado o presidente a recusar a compra de doses de vacinas contra a covid-19 com antecedência e a recomendação de usos de remédio sem eficácia comprovada como a cloroquina e a ivermectina.

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Além de Mayra, Pazuello e Ernesto, outros 20 nomes tiveram as quebras de sigilos autorizadas, incluindo suspeitos de integrarem o “gabinete paralelo” e empresas de publicidade que prestaram serviço ao governo.

*Congressoemfoco

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