Na 4ª edição do Terça Gerencial, o foco da palestra, ministrada pelo mestrando em Educação e especialista em consultoria financeira, Wellington Oliveira, foi relacionado ao planejamento e investimentos seguros. Durante o encontro foram repassados métodos e formas de economizar para manter uma saúde financeira contínua, o que contribui diretamente para uma melhor qualidade de vida.
De acordo com dados apresentados por Wellington, cresce o número de inadimplentes no país. Cerca de 63 milhões de brasileiros estão endividados, o que ocasiona fatores conflitantes em diversos setores, além do financeiro, como o pessoal. “Esse é o pivô do calcanhar de Aquiles de diversos brasileiros e isso atrapalha a vida das pessoas de uma maneira geral. A falta de planejamento gera toda essa inconstância e essa não é uma boa maneira de se viver”, afirma o palestrante.
Contando também que o Brasil ocupa o 74º lugar no ranking global de educação financeira, Wellington afirma que, hoje, alunos não possuem o conhecimento financeiro básico, ato fundamental para se aprender na infância, a fim de evitar sequelas no futuro. A atenção pelo controle tem que existir, segundo o palestrante. “Mesmo que as escolas passem a ter em seu currículo, a cadeira relacionada ao tema, hoje no Brasil não há professores capacitados em aplicar o que é necessário para o conhecimento do aluno. Paralelo a essa tratativa, esse tipo de ensinamento também deve vir de casa, um exemplo seria na hora de repassar a mesada aos filhos”, afirma.
Outros pontos citados e que estão presentes na vida de milhares brasileiros são os empréstimos e financiamentos. Quando as parcelas ultrapassam o ganho mensal, se torna dívida. Quando se enquadra, é chamado de compromisso financeiro. Esses são fatores fundamentais para iniciar um planejamento. O fator emprestar dinheiro também foi colocado em pauta: se você depende dessa verba, mesmo que em um futuro próximo, não empreste. O aprender a dizer não, mesmo que a pessoas próximas, impacta diretamente na gestão do dinheiro. “Caso a quantidade a ser emprestada não fizer falta e não estiver encaixada no seu orçamento, ok! O pedido pode vir de vários lugares, mas o foco sempre será pensar no que isso irá refletir no seu cotidiano”, explica.
“Sabe aquele amigo, colega, familiar, ou até mesmo um conhecido que te pede para ser fiador de alguma coisa? Não seja”. Se o foco é aplicar realmente um controle e gestão da sua verba, o educador financeiro usa mais uma vez a premissa de não ser pecado dizer um sonoro “Não”. Se o indivíduo está em uma situação em que precisa de um fiador, já há a falta de planejamento financeiro em sua vida, e essa falha te atingirá de alguma forma, em algum momento.
COMO FAZER UMA BOA GESTÃO DO SEU DINHEIRO?
Começando nas pequenas coisas, como trocar o plano do celular, fazer pesquisas de preços de comidas – que na contabilidade mensal é um gasto bastante significativo, optar por manter um veículo mais econômico, tanto em relação a gasolina, quanto em manutenção e, se for preciso, pedir ajuda a um consultor. “São três passos que vão te auxiliar nessa mudança: levantamento de gastos, diminuição ou corte de contas fixas e aplicações em fontes confiáveis, como o Tesouro. Dessa forma você conseguirá ter um futuro mais tranquilo e uma vida financeira mais saudável”, finaliza.