TRF-1 mantém arquivamento de ação contra Dilma por “pedaladas fiscais”

Decisão beneficia demais integrantes do governo da ex-presidente

Acusada de "pedalar", ex-presidente foi cassada pelo Congresso Nacional por ações que não cometeu em 2016. Foto: Ricardo Stuckert
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Por unanimidade, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, sediado em Brasília, manteve nesta segunda-feira (21) a decisão que arquivou uma ação de improbidade contra a ex-presidente Dilma Rousseff sobre o caso das “pedaladas fiscais”.
As acusações basearam o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Deste modo, a decisão também beneficia o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho.

A 10ª Turma do TRF julgou uma apelação do Ministério Público Federal (MPF) contra decisão de primeira instância que, no ano passado, arquivou a ação contra os acusados.

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Dilma e os demais integrantes de seu governo foram acusados pelo MPF de improbidade pelo suposto uso de bancos públicos para “maquiar o resultado fiscal”, atrasando por parte da União repasse de valores às instituições.

No processo que tramitou na 4ª Vara Federal em Brasília, Dilma e Mantega foi excluídos do processo.

Deputados e senadores reunidos em Brasília durante a votação do processo de impeachment de Dilma. Foto: Marcos Ferreira/Agência Senado.

Em seguida, o processo contra os demais acusados também foi arquivado sem resolução de mérito, ou seja, não foi analisado por falta de fundamentação das acusações.

Na sessão desta tarde, o colegiado do TRF julgou a apelação do MPF contra o arquivamento em primeira instância.
Foram 3 votos a 0, a turma manteve o arquivamento.

Votaram o relator, juiz Saulo Casali Bahia, o juiz Marllon Souza e o desembargador Marcos Vinícius Reis Bastos.

Durante a sessão, o advogado Eduardo Lasmar, representante de Dilma, reiterou que a ex-presidente não participou das operações dos bancos.

O relator da Comissão Especial do Impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), aceitou a procedência da acusação e pelo prosseguimento do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Ainda, disse que Dilma violou a Constituição ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, em seu relatório a favor do impedimento da ex-presidente. Foto: Edson Rodrigues, em 2016, pela Agência Senado

“O Ministério Público não conseguiu imputar uma conduta à [então] presidente da República. Muito pelo contrário. Ora, diz que não sabia, diz que sabia, diz que ela deveria saber, que deveria ter confrontado seus ministros. Não nenhuma descrição de dolo.”, concluiu. Abr

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