O dólar iniciou a semana em alta, impulsionado pela volatilidade do mercado frente à troca de comando na Petrobras anunciada na sexta-feira passada (19) pelo presidente Jair Bolsonaro.
A moeda subiu 1,26% hoje (22), e ficou cotada em R$5,4551 a venda; o ápice do dia foi de R$ 5,535 (+2,79%) – patamar alcançado imediatamente antes de o Banco Central (BC) anunciar leilão de swap cambial – instrumento que permite o controle sobre a variação cambial do dólar pelo Banco Central, onde torrou 1 bilhão de dólares para tentar conter a alta da moeda que caiu no mundo todo, exceto aqui, nesta segunda-feira.
O índice Ibovespa fechou em queda de 4,7% aos 112.787 pontos. O Ibovespa é o principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, a bolsa de valores de São Paulo, e reúne as empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro.
A queda do indicador foi impactado principalmente pelas ações da Petrobras, que registraram forte queda de mais de 20% nesta segunda-feira, primeiro dia de funcionamento do mercado financeiro brasileiro após o anúncio da troca do presidente da empresa.
As ações do Banco do Brasil também sofreram o efeito contaminante com queda de 11%.
Com o tombo nas cotações, a Petrobras perdeu em poucas horas nesta segunda-feira quase R$ 75 bilhões em valor de mercado. Foi a segunda maior queda diária em valor da mercado da Petrobras desde o início do plano Real. Na sexta-feira, a petroleira já tinha encolhido R$ 28 bilhões, data na qual Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para a presidência da empresa, no lugar de Roberto Castello Branco.
