A Vale informou na noite desta quarta-feira (20) que suspendeu temporariamente e de forma preventiva as operações da mina de Alegria, no complexo de Mariana, apesar de suas estruturas se encontrarem estáveis.
Segundo comunicado da empresa, “ sob condição de stress, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos”, não sendo possível garantir sua estabilidade sob tais condições.
Ela afirmou que estudos serão aprofundados e, tão logo concluídos com garantia das condições de estabilidade sob condição de stress, as operações serão retomadas.
A empresa estima um impacto potencial máximo na produção de aproximadamente 10 Mtpa.
A medida, mesmo se for temporária, deve impactar ainda mais as finanças de Mariana, já castigadas desde o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, que provocou mortes, danos ambientais e paralisação das atividades da Samarco, controlada pel BHP e Vale.

A cava sul da mina era uma das possibilidades estudadas para a deposição de rejeitos, em uma possível reativação das atividades da Samarco.
Nesta terça-feira (19) a Vale foi autorizada pela Justiça a retomar as atividades da barragem Laranjeiras, em Barão de Cocais, e do complexo minerário de Brucutu, o maior da empresa em Minas Gerais. Ela aguarda cumprimento da medida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (SEMAD) para retornar as atividades de exploração da mina, localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo.
Foto Capa: Ana Cláudia Vieira/Revista da Mineração