Varejo mineiro cresce com queda da inflação

Queda do índice inflacionário e ações do governo são as causas

Ambiente econômico e incentivos governamentais contribuíram para o sólido desempenho do indicador, afirma Fecomércio MG
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Com a redução da inflação e a queda nos preços do setor de alimentação o comércio varejista no primeiro semestre em Minas Gerais foi favorecido.

Foi constado que as vendas registram alta de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado segundo a análise do Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG em relação aos dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE referentes ao mês de junho.

O destaque dos resultados positivos de Minas Gerais obtidos nas quatro frentes investigadas no comércio ampliado que inclui veículos, motos, parte, peças e material de construção.

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Minas Gerais apresenta desempenho superior ao nacional em todas as posições, empatando com o desempenho do Brasil na variação mensal de +1,20% para o comércio ampliado (veículos, motos, partes e peças e material de construção).

Para o economista da Fecomércio MG Gilson Machado, os resultados sugerem que os incentivos à aquisição de carros novos, divulgados pelo governo federal, atrelados à desaceleração da inflação e ao crescimento do mercado de trabalho, contribuíram.

“Todas essas mudanças na economia contribuíram para o sólido desempenho do indicador”, explica.

Outro fator relevante para o crescimento é o peso da atividade. “Veículos, motocicletas, partes e peças, se destacam como a segunda maior componente do indicador no Brasil e a terceira em Minas Gerais”, completa.

Situação em Minas

O estado acumula variação positiva no volume de vendas no comércio ampliado há 16 meses seguidos; o Brasil consegue a variação positiva contínua nesta frente nos últimos seis meses.

Quando se compara o crescimento do volume de vendas de veículos, motos, partes, peças e material de construção entre maio e junho de 2023, o estado e o país têm a mesma situação, cresceram 1,2% de um mês para outro.

O desempenho do comércio restrito registrado na pesquisa, que é dado por todos os segmentos menos veículos, motos, partes, peças e material de construção, mostra os efeitos dos juros altos e endividamento das famílias sobre as vendas.

Enquanto o país cresceu 1,3% no volume de vendas nos seis primeiros meses de 2023, frente mesmo período de 2022.

Minas Gerais foi um pouco melhor com 2,6% de desempenho positivo.

Por aqui, o comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o ramo com maior peso no comércio restrito de Minas.

Ele alcançou 9,8% de participação seguido por artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com peso de 7,8% no total de transações.

Expectativa futura

Nesse sentido, considerando o crescimento registrado nos seis primeiros meses de 2023 tanto no comércio restrito quanto no ampliado, a Fecomércio MG espera que o segundo semestre mantenha a tendência de crescimento.

Isso se baseia nos indícios de melhoria no ambiente econômico, como inflação abaixo do centro da meta, início do corte na taxa básica de juros em agosto anunciado pelo Banco Central, melhora no mercado de trabalho, programas de renegociação de dívidas, entre outros.

* fonte: Fecomércio MG

Foto: iStock. 

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