Venezuela viveu dia de cão e Guaidó não conseguiu concretizar golpe

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Na manhã desta terça-feira, o presidente da Assembleia Nacional, o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó divulgou uma mensagem afirmando ter obtido apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Ele conclamou a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo. Guaidó batizou a ação de Operação Liberdade.

Por sua vez, o governo de Maduro também convocou a população, pelas redes sociais, para ir às ruas. A partir daí, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis ao governo tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas.

Situação foi agravada com confrontos entre forças de segurança e manifestantes nas ruas de Caracas

Com clima tenso, houve confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

Brasil incentivou Guaidó

O governo brasileiro  incentivou todos os países a se colocarem ao lado do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e pela saída do presidente Nicolás Maduro do poder.

Em nota, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que “exortamos todos os países, identificados com os ideais de liberdade, para que se coloquem ao lado do Presidente Encarregado Juan Guaidó na busca de uma solução que ponha fim na ditadura de Maduro”, diz a nota da Presidência.

Venezuelanos concentram-se em Miraflores contra tentativa de golpe

Durante todo o dia, venezuelanos simpatizantes do governo de Maduro concentraram-se nas proximidades do Palácio Miraflores, sede do governo para rejeitar à tentativa de golpe.

Eles atenderam à convocação do presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabelo, que os conclamou a defender a legitimidade do mandato de Nicolás Maduro ante os ataques da direita venezuelana e a administração dos Estados Unidos, principalmente após o país abandonar a Organização dos Estados Americanos (OEA), no último dia 27.

O dirigente político recusou ante a multidão estas ações ao mesmo tempo que assegurou que a oposição jamais voltaria a tomar o poder.

Por sua vez, a vice-presidenta do país, Delcy Rodríguez, destacou que os ‘traidores e fascistas nunca torcerão o destino de liberdade que tem marcado Venezuela’.


Apoiadores do presidente Maduro cercaram a região do Palácio Miraflores, sede do governo.
Foto: AVN

Governo brasileiro admite derrota: “Guaidó é fraco”

Depois de oferecer e dar asilo para militares venezuelanos descontentes e dissidentes, o governo brasileiro já começou a desacreditar do líder opositor Juan Guadó: “Na medida que o tempo vai passando e não acontecem situações que mostrem esse apoio, você começa a duvidar”, disse o ministro general Heleno.

Mesmo com o apoio de Bolsonaro aos golpistas do país vizinho, General Heleno diz que lider oposicionista venezuelano “é fraco”. Foto ABR

 A afirmação aconteceu após ter passado o furor das notícias de que o líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, teria angariado apoio de militares e que estava prestes a derrubar o presidente Nicolás Maduro.

“A gente tem a sensação que o lado do Guaidó é fraco militarmente, mas hoje quando ele anunciou apoio das Forças Armadas, teve um rastro de esperança”, disse, em entrevista, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

“Na medida que o tempo vai passando e não acontecem situações que mostrem esse apoio, você começa a duvidar”, disparou.

De acordo com Heleno,  “não houve nenhum chefe militar que a gente tivesse assistido ou ouvido um apoio explícito ao presidente Guaidó”.

O governo do Brasil também descartou qualquer possibilidade de uma intervenção no país vizinho, apesar de se colocar frontalmente contra o governo de Nicolás Maduro, depois de ser alertado pelo presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) de que tal decisão teria de obter, primeiramente, aprovação do Congresso Nacional.

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