Em janeiro deste ano, o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira, em pronunciamento, prometeu, com bastante ênfase, que o município faria a realização de 95 obras, até o final de sua gestão.
Porém, até o momento, a cidade não percebeu a realização dessas obras, afirma parte dos vereadores. Quase todas as ações vistas até agora tem o patrocínio da Vale, seja em função de acordos com o município e governo estadual ou com recursos da empresa, em compensação pelos problemas causados em Brumadinho.
Essas condições permitiram à empresa patrocinar e efetuar ações em escolas, postos de sáude e na intervenção de ampliação e modernização do Centro de Reabilitação da APAE de Itabirito, entre outras, inclusive na área cultural.
Segundo o vereador Fabinho Fonseca, é importante que a Prefeitura esclareça quais são as obras, prazos e sobre a execução, inclusive para fiscalização dos parlamentares.
“Foram anunciadas 95 obras pela Prefeitura e precisamos saber esse cronograma. Enviamos uma solicitação de quais são essas obras, quais os bairros atendidos, para que sejamos transparentes com a população e também fiscalizar o processo licitatório e acompanhar de perto”.
O mesmo posicionamento foi afirmado pelo vereador Igor Júnior, que também cobrou resposta em tempo adequado ao requerimento encaminhado à administração do município.
“A Prefeitura falou que iriam fazer 95 obras e eu questionei quando vão começar essas obras e se até final do mandato conseguirão concluir. Para fazer uma licitação, é um ano. Então 95 obras são muitas obras. Na pauta da reunião passada, o líder da bancada do governo já abaixou esse número para 30. Então novamente irei questioná-los sobre isso”.
O requerimento foi enviado no dia 18 de abril. Nele, os vereadores, solicitam ao Poder Executivo Municipal, Secretaria Municipal de Obras e Serviços e à Secretaria de Urbanismo apresentação à Câmara Municipal dos Vereadores do cronograma e custos das 95 obras.
Os vereadores argumentaram que a solicitação é necessária, pois é um pedido da população e também uma forma de exercer a função de fiscalização. Na reunião da Câmara prevista para esta segunda-feira (2), o tema deverá voltar à pauta de discussões, com mais cobranças pelo atendimento do pleito pelos edis.
Foto capa: CMI