Violência aumenta no Ceará e Exército anuncia reforços na tropa

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O sábado foi de terror para os cearenses, com a continuidade de assassinatos no Estado e a morte de mais 34 pessoas. Com isso, desde quarta-feira já  contabilizadas 122 mortes violentas, depois que parte dos policiais militares começaram  a ocupar quartéis e esvaziar pneus de viaturas em protesto contra a proposta de reajuste salarial que o governo cearense apresentou para a categoria.

Legalmente, policiais militares são proibidos de fazer greve, motivo pelo qual os protestos da categoria são classificados como motim. Na sexta-feira (21), o governo cearense afastou por 120 dias 167 policiais militares que participam da paralisação. Os agentes deverão entregar identificações funcionais, distintivos, armas, algemas, além de quaisquer outros itens que os caracterizem nas suas unidades e ficarão fora da folha de pagamento a partir deste mês de fevereiro.

O governador cearense Camilo Santana, durante visita a quartel da PM cearense, realizada nesta sexta-feira. Foto Ascom

A pedido do governo cearense, mais de uma centena de policiais da Força Nacional desembarcaram em Fortaleza na última quinta-feira para reforçar a segurança. No mesmo dia, foi autorizado o emprego de até 2,5 mil militares das Forças Armadas no estado.

Neste sábado (23) o general Fernando José Soares da Cunha Mattos, responsável pela segurança pública do Ceará a partir do decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), afirmou que governo vai enviar mais tropas para conter a violência durante o motim de policiais militares. O contingente de tropas federais no Estado foi “inicialmente insuficiente”.

“A tropa está iniciando a sua presença agora, então os efetivos estavam inicialmente muito limitados. Por isso, o Comando do Nordeste enviou novas tropas de 4 Estados para dar 1 volume de tropa adequado para missão. Os meios inicialmente estavam insuficientes”, afirmou.

No comando da Operação Mandacaru, como foi batizada a ação para garantir a segurança durante o motim de policiais, as Forças Armadas têm o controle da segurança pública estadual.


Foto: Polícia Civil Ceará

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