27.º Festival de Inverno de Congonhas continua até 31 de julho

O festival multicultural seguirá até o dia 31 de julho e será encerrado com show de Oswaldo Montenegro, na Romaria.

Mais de 60 atrações participam desta edição do Festival. Grupo Galpão está na programação gratuita da próxima sexta-feira (15).
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Atrações para todas as idades e gostos é o que promete o 27º Festival de Inverno de Congonhas. A programação, gratuita, inclui shows, espetáculos de teatro e dança, incluindo Grupo Galpão, Toninho Horta, Nenhum de Nós, Orquestra Filarmônica, bate-papos e oficinas (que tiveram inscrições antecipadas). O festival multicultural seguirá até o dia 31 de julho e será encerrado com show de Oswaldo Montenegro, na Romaria.

“Após dois anos, o Festival de Inverno retorna ao formato presencial fortalecendo a nossa cultura, valorizando os artistas locais, atraindo visitantes para a nossa cidade e movimentando não só o setor cultural, mas também a economia de Congonhas. Esse ano, homenageamos o artista Washington de Souza Gonçalves, conhecido por todos como “Ciel”. Um artista conhecido pelos seus grafites e que fazia um trabalho cheio de carinho com crianças da cidade”, diz Jean Angelo de Oliveira, secretário municipal de cultura de Congonhas.

Dentre as atrações de teatro está o Grupo Galpão, com apresentação do espetáculo “De tempo somos – um sarau do grupo Galpão”, na sexta-feira, 15 de julho, às 20h, na Praça JK. Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, nesta montagem os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos celebrando o encontro da música com o teatro.

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A cantoria vem acompanhada de textos escolhidos por Eduardo Moreira e Lydia Del Picchia que falam da passagem do tempo e do estado embriagado e libertador que é inerente à criação artística. Reflexões e poemas de Eduardo Galeano, Anton Tchékhov, Olga Knipper, Calderón de la Barca, Charles Baudelaire, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, Jack Kerouac, Paulo Leminski e José Saramago compõem esse caleidoscópio em que os atores do Galpão compartilham, com o público, suas indagações e vivências artísticas.

A diversificada programação também vai contar com uma palestra com Ronaldo Fraga. “A música como um insumo importante com a produção de vestir. Conexão sobre o conceito da música projetada na moda e artesanato” será o tema da conversa a ser conduzida por Ronaldo Fraga, no sábado, 16 de julho, às 16h, no Museu de Congonhas. Resgatando a tradição dos grandes saraus das cidades históricas mineiras, Toninho Horta & Petrônio Souza anunciam o lançamento do Projeto de Música e Poesia na Estrada Real.

“Sarau de Música e Poesia”, de Toninho Horta & Petrônio Souza, é outro projeto que integra a programação do Festival. O sarau da dupla começou em novembro de 2015 e chega ao ano de 2022 com os autores lançando novas obras, produzidas durante os últimos anos, sendo que o CD duplo de Toninho Horta foi vencedor do Grammy Latino de 2020 como melhor álbum de Música Popular Brasileira e Petrônio Souza apresenta o livro Dia Nublados, todo ele escrito durante a pandemia. Antes da sessão de autógrafos, os autores farão um bate-papo, quando abordarão detalhes e características de suas obras, além da poesia na música popular brasileira, histórias do Clube da Esquina, bastidores do mundo literário, e as eternas parcerias de Toninho Horta e suas gravações. Haverá, ao final, espaço para perguntas do público. O Sarau será realizado no dia 21 de julho no Museu de Congonhas.

Para encerrar o 27° Festival de Inverno de Congonhas, o cantor Oswaldo Montenegro vai apresentar sua nova turnê “Lembrei de Nós”, no dia 31 de julho, às 20h, na Romaria.

Homenageado
O Festival de Inverno de Congonhas deste ano homenageia o artista Washington de Souza Gonçalves, popularmente conhecido como “Ciel”. O congonhense era um anjo que arriscava voos em manobras audaciosas com seu skate, sua motocicleta e o seu intrépido e estilizado fusca. Como grafiteiro deixou sua marca em Congonhas e como professor do Projeto Arte na Escola dividiu seu talento com os alunos. Ciel era um pintor de flores, borboletas e elefantes e implantava sua arte em muros onde antes havia apenas sombras e deixava-os com mais luz e alegria.

Foto: Prefeitura de Congonhas e Guto Muniz

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