Com mudanças na programação, Mostra Aurora agora passa a ser exclusiva a filmes de diretores em primeiro longa-metragem; Mostra Olhos Livres será avaliada pelo Júri Oficial
Filmes de 13 estados brasileiros estão na seleção de longas e curtas das três mostras competitivas.
As mostras competitivas Olhos Livres, Aurora e Foco, que reúnem filmes com inovações de linguagem e modos de produção, passam por alterações com objetivo de retomar algumas de suas premissas originais e manter a produção de vanguarda como grande destaque no evento.
A Mostra Olhos Livres passa a ser avaliada pelo Júri Oficial enquanto a Mostra Aurora será avaliada pelo Júri Jovem com sessões no fim da tarde.
Além disso, a Aurora agora passa a contar com filmes exclusivamente de cineastas em seu primeiro longa-metragem.
A decisão reflete mudanças observadas no panorama do cinema independente ao longo dos últimos anos.
“Quando a Aurora foi criada pelo curador Cléber Eduardo em 2008, o cenário da produção independente, de baixo ou baixíssimo orçamento, ainda estava se consolidando e buscava identidades. Com o tempo, esse campo ganhou forma e maturidade e modificou as trajetórias de seus realizadores”, explica Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes.
A Foco, dedicada a curtas-metragens, mantém o perfil da pluralidade e radicalidade.
“Estamos sempre atentos à emergência de expressões sofisticadas de quem está começando pelo curta ou de cineastas experientes que continuam explorando o formato como meio de experimentação e refinamento”, exalta Francis Vogner.
Júri
As mostras Olhos Livres e Foco são avaliadas pelo Júri Oficial, que escolhe o melhor filme e alguns outros prêmios especiais.
Em 2025 os integrantes são Carlos Francisco (MG), ator; Cíntia Gil (Portugal), programadora; Ivo Lopes Araujo (CE), cineasta; Juçara Marçal (SP), cantora e compositora; e Rita Vênus (PE), crítica e curadora.
Já a Mostra Aurora terá o Júri Jovem, formado por estudantes selecionados numa oficina de crítica de cinema e composto por Clara Prado (SP), Letras, USP; Duds Tuts (MG), Cinema e Audiovisual, PUC Minas; Giulia Belmonte (RS), Cinema e Audiovisual, UFPel; Otávio Osaki (SP), Comunicação Social – Midialogia, Unicamp; e Sofia Carlos (RN), Comunicação Social – Audiovisual, UFRN.
Confira as Competitivas
Mostra Olhos Livres
- “A Primavera” (PE), de Daniel Aragão & Sergio Bivar
- “As Muitas Mortes de Antônio Parreiras” (RJ e CE), de Lucas Parente
- “Batguano Returns – Roben na estrada” (PB), de Tavinho Teixeira
- “Deuses da Peste” (SP/MG), de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado
- “O Mundo dos Mortos” (RJ), de Pedro Tavares
- “Prédio Vazio” (ES), de Rodrigo Aragão
- “A Vida Secreta de Meus Três Homens” (PE), de Letícia Simões
Mostra Aurora
- “Cartografia das ondas” (RJ), de Heloisa Machado
- “Kickflip” (SP), de Lucca Filippin
- “Margeado” (ES), de Diego Zon
- “nem deus é tão justo quanto seus jeans” (SP), de Sergio Silva
- “Resumo da Ópera” (CE), de Honório Félix e Breno de Lacerda
- “Um Minuto é uma Eternidade para Quem está Sofrendo” (SE), de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro
Mostra Foco
- “Entre Corpos” (AL), de Mayra Costa
- “Estrela Brava” (RJ), de Jorge Polo
- “HEYARI: espalhar fumaça para fazer adoecer colocando feitiço no fogo” (SC), de Daniel Velasco Leão
- “Jamais Visto” (MG), de Natália Reis
- “Marmita” (SP), de Guilherme Peraro
- “Memórias Despejadas (ou A Enchente Levou Tudo, E Encontraram A Luta)”, de Juliana Koetz (RS)
- “Não Me Abandone” (SP), de Gabriel Vieira de Mello
- “O Mediador” (BA), de Marcus Curvelo
- “Osmo” (DF), de Pablo Gonçalo
- “Sem Título # 9: Nem Todas as Flores da Falta” (SP), de Carlos Adriano
- “Tamagotchi_balé” (RJ), de Anna Costa e Silva
- “Trabalho de Amor Perdido” (SP), de Vinícius Romero
- “Ver Céu no Chão” (CE e RJ), de Isabel Veiga
Fotos: Divulgação