
O Exército israelita acelerou nesta quinta-feira os preparativos para uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza contra o grupo islâmico Hamas.
Enquanto isso, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou à região para se reunir com autoridades israelenses.
Depois de receber Blinken em Tel Aviv, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Hamas era o mesmo que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Ele disse que Israel irá destruí-lo, em meio a mais bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza.
Também acontecem mais ataques de foguetes de Gaza contra Israel .
No sexto dia de hostilidades e com mais de 2.600 mortos de ambos os lados, o porta-voz do Exército israelita, tenente-general Richard Hecht, disse aos jornalistas que as forças armadas do país “estão a preparar-se para uma manobra terrestre”, a partir da Faixa de Gaza . com o objetivo de “liquidar” o Hamas .
Os militares israelenses disseram que o Hamas e outros grupos islâmicos estavam lançando um número relativamente baixo de entre 200 e 400 foguetes por dia contra Israel.
Eles afirmaram que isto parecia indicar que estavam a preparar-se para “uma luta muito longa”.
Crise no abastecimento
A única central eléctrica do território parou na quarta-feira por falta de combustível, pelo que não há Internet nem água, nem funcionam as redes telefónicas .
Em Gaza, os palestinianos fizeram fila em frente a padarias e mercearias depois de passarem a noite rodeados pelas ruínas de bairros reduzidos a pó e escurecidos por um apagão quase total.
À noite, o Exército israelita informou que tinha retomado os seus bombardeamentos em Gaza contra “numerosos” alvos do Hamas.
Organizações humanitárias internacionais alertaram que o número de mortos em Gaza pode aumentar.
Isso devido a Israel ter interrompido o fluxo de alimentos, água, combustível e eletricidade.
Ademais, o Egito fechou o único acesso restante ao pequeno enclave de 2,3 milhões de pessoas devido a vários bombardeios israelitas.
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