Os movimentos sociais e as organizações não-governamentais que participam do G20 Social divulgaram a Declaração Final do Encontro.
As propostas, que serão encaminhadas aos líderes formais do bloco, foram divididas nos 3 eixos definidos como prioritários pelo governo brasileiro na Presidência do G20:
No eixo combate à fome, à pobreza e à desigualdade, a carta pede a adesão de todos os países do G20 e outros estados à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
A aliança prevê a criação de um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome.
Também no eixo de combate à fome, a carta final do G20 Social defende a soberania alimentar, a partir da produção de alimentos saudáveis; e o trabalho decente, conforme os padrões definidos pela Organização Internacional do Trabalho, como elemento fundamental para superação da pobreza e das desigualdades.
No eixo Sustentabilidade, Mudanças do Clima e Transição Justa, a Carta do G20 Social pede o cumprimento do Acordo de Paris, com a limitação do aquecimento global a 1,5 graus celsius acima dos níveis pre-industriais; a substituição do modelo de produção baseado em combustíveis fósseis por uma economia de baixo carbono; e a criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre, um mecanismo de financiamento internacional dedicado à proteção e inclusão sócio produtiva das populações que vivem nas florestas.
Por fim, no eixo Reforma da Governança Global, o documento final do G20 Social pede a reforma das instituições internacionais de modo que elas possam refletir a realidade geopolítica contemporânea, contemplando a participação dos governos e povos do Sul Global nos fóruns decisórios, como o Conselho de Segurança da ONU.
A carta também defende a promoção da democracia e da participação da sociedade civil e a taxação progressiva dos super-ricos.
Foto: Gov/Br