Lula reinagura Palácio Capanema e entrega Ordem do Mérito Cultural

arquitetura modernista

Edifício histórico passou por revitalização de R$ 80 milhões com recursos do Novo PAC. Homenagens foram prestadas durante a cerimônia que teve participação de Fernanda Torres.
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O histórico edifício Gustavo Capanema, considerado um marco da arquitetura modernista, localizado no centro da capital fluminense, foi reinaugurado nesta terça-feira (20) depois de 6 anos de obras de restauração.

O projeto recebeu recursos do Novo PAC, somando mais de R$ 80 milhões em investimentos.

As obras incluíram a modernização das instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de climatização e de combate a incêndios, além da recuperação do mobiliário original, restauração das luminárias, persianas e dos jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.

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O evento contou com a participação do presidente Lula e da ministra da cultura, Margareth Menezes. O presidente destacou a retomada do Gustavo Capanema.

“Nós reabrimos suas portas e o devolvemos ao povo totalmente revitalizado. Vender o Gustavo Capanema para uma provável demolição seria o apagamento de um patrimônio da arquitetura modernista brasileira que se tornou um foco da resistência democrática, movida por artistas intelectuais em anos bem recentes”, afirmou.

A ministra Margareth Menezes também reforçou a importância do momento: “O Palácio Capanema é mais do que um edifício, ele é um símbolo da força visionária da cultura brasileira e da arquitetura”.

Honrarias

Durante o evento, também foi retomada a entrega da Ordem do Mérito Cultural, maior honraria pública do setor cultural brasileiro, suspensa desde 2019.

Cento e doze personalidades brasileiras e catorze instituições, que contribuem para o desenvolvimento da cultura e a diversidade cultural do país, receberam a condecoração, que já foi concedida para nomes como Fernanda Montenegro, Jorge Amado e Cartola.

Foi lançado ainda um selo comemorativo em homenagem à advogada Eunice Paiva, que teve sua história resgatada no longa vencedor do Oscar de melhor filme internacional Ainda Estou Aqui.

O lançamento contou com a presença da atriz Fernanda Torres, que interpretou Eunice, Walter Salles, diretor do filme, e Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o longa e filho de Eunice Paiva e do ex-deputado Rubens Paiva.

Os três receberam a distinção Grã-Cruz, a maior da Ordem do Mérito Cultural, com outras personalidades, como a primeira dama Janja da Silva e a cantora Leci Brandão.

O Ministério da Cultura também celebrou quatro décadas de criação do MinC com o tema “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”.

Foto: Ricardo Stuckert e Tomaz Silva/Abr