Confiança do comércio cai 5,4, afirma FGV

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O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 5,4 pontos de abril para maio e passou para 91,4 pontos, em uma escala de zero a 200, voltando ao mesmo nível de setembro de 2018.

Em maio, a queda da confiança atingiu empresários de onze dos treze segmentos analisados. O Índice de Expectativas, que mede a confiança nos próximos meses, caiu 6,6 pontos e voltou a registrar valor abaixo de 100 pontos (94,8 pontos). O Índice de Situação, que mede a confiança no presente, diminuiu quatro pontos para 88,3 pontos, menor valor desde janeiro do ano passado.

Segundo o pesquisador Rodolpho Tobler, da FGV, o resultado sugere que os empresários do setor ainda estão encontrando dificuldades com o ritmo de vendas no segundo trimestre. Para ele, os indicadores de situação atual refletem o desempenho fraco do comércio no início do ano. Além disso, por causa desses resultados negativos, os empresários estão revendo suas expectativas.

Prévia da inflação é de 0,35%

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou 0,35% em maio deste ano.

O resultado é inferior ao de abril (0,72%), mas superior ao de maio de 2018 (0,14%). Segundo o IBGE, essa é a maior variação do IPCA-15 para um mês de maio desde 2016 (0,86%).

O IPCA-15 acumula 2,27% no ano e 4,93% em 12 meses, acima dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, informou o instituto.
 
Os principais responsáveis pela inflação de 0,35% da prévia de maio foram os transportes, com taxa de 0,65%, saúde e cuidados pessoais, com alta de preços de 1,01% no período.
 
A inflação da saúde e cuidados pessoais foi influenciada por altas de 2,03% no preço dos remédios, de 0,8% nos planos de saúde e de 2,61% nos artigos de higiene pessoal.


 
Já entre os transportes, os principais itens que influenciaram a inflação foram gasolina (3,29%) e etanol (4%), além dos ônibus urbanos (0,54%).
 
Os alimentos e os gastos com educação não tiveram variação de preços, enquanto comunicação e artigos de residência anotaram deflação (queda de preços), de 0,04% e de 0,36%, respectivamente.
 
Os demais grupos de despesa tiveram as seguintes taxas de inflação: habitação (0,55%), vestuário (0,38%) e despesas pessoais (0,16%).

Altas frequentes dos combustíveis foram uma das causas da inflação em abril, segundo os dados divulgados pelo IBGE. Foto: Tânia Rêgo ABr
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