Jornal “A Sirene” continuará sendo publicado

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O Jornal A Sirene, produzido pelos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, continuará a ser publicado. Em audiência com o Ministério Público, composta pelo Promotor de Justiça, Dr. Guilherme de Sá Meneghin, pela Assessora Jurídica da Arquidiocese de Mariana, Dra. Ana Clara Gomes Lima Pinto, pelo Diretor da Cáritas Arquidiocesana, Diácono Tanus Henriques e por membros da Comissão dos Atingidos, na última quinta-feira (19), foi definido que a Cáritas Arquidiocesana estenderá o financiamento da publicação até fevereiro de 2020.

A audiência teve o objetivo de acompanhar o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em janeiro de 2017 entre Ministério Público, Arquidiocese de Mariana através da Cáritas e Comissão de Atingidos. Após a avaliação da situação operacional do jornal, projeto financiado com os recursos arrecadados pela Cáritas, ficou definido que o financiamento será estendido para dar continuidade as edições.

“A edição do jornal só é possível devido o seu financiamento pela Cáritas, visto que a Comissão dos Atingidos não dispõe de recursos para a mesma. Com este financiamento, a Cáritas cumpre um dos objetivos da aplicação do recurso financeiro arrecadado, conforme definido no Termo de Ajustamento de Conduta”, expõe o diácono Tanus.

 

Voz do Atingido

“O Jornal A Sirene é o único veículo de comunicação que traz com exatidão os anseios dos atingidos”, explica o editor chefe da publicação, Sérgio Fábio do Carmo. Iniciado em Fevereiro de 2016, o jornal busca, de maneira simples, estabelecer a comunicação entre os próprios atingidos, com orientações e informações. “É a voz do atingido. É um jornal diferente, uma via de mão dupla, que está levando e trazendo a informação por meio de uma conversa”, detalha.

Sérgio diz se sentir vivo com a perspectiva do jornal continuar. “A Sirene passou a ser parte da minha vida. Parar é como tirar um pedaço da gente. Ele tem que continuar por muitos anos porque esse crime é sem precedentes e vai durar muitos anos. Fico muito feliz com a volta do jornal porque também sou atingido. Precisamos desse meio para expor nossos sentimentos e correr atrás dos nossos direitos dentro da mídia”.

 

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