Agricultura familiar gera renda e garante qualidade na alimentação escolar em São Gonçalo

Agricultura familiar enriquece alimentação escolar - Foto: Jhonne Souza
Publicidade _

Trabalhar de sol a sol na preparação do solo para o cultivo de alimentos não é tarefa fácil. Hoje, 70% dos alimentos que consumimos são provenientes da agricultura familiar, e sonho de todo agricultor é garantir a renda da família com a comercialização dos seus produtos e ter condições para continuar trabalhando no campo.

Além de fornecer auxílio técnico aos agricultores, a Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo garante a compra de parte da produção das famílias produtoras de hortaliças, frutas, tubérculos, entre outros tipos de alimentos para incluí-las na alimentação escolar da rede municipal de ensino.

Produtos da agricultura familiar enriquecem a alimentação dos estudantes e contribuem para motivar hábitos saudáveis. Em tempos difíceis provocados pela pandemia da Covid-19, a Prefeitura passou a incorporar os alimentos produzidos pelos pequenos produtores do município no kit alimentação que é destinado a cada aluno da rede. Atualmente, 23 produtores fornecem para a Prefeitura, mas para isso, o agricultor deve possuir a documentação necessária, que é a Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que é emitida pela Emater.

Para alimentação escolar, o município, obrigatoriamente, tem que utilizar no mínimo 30% do recurso que recebe do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) com a Agricultura Familiar. Mas a Prefeitura vai além. De março até hoje, a compra de alimentos dos pequenos agricultores para a alimentação escolar já ultrapassou essa marca, o que contribui com a segurança alimentar dos alunos são-gonçalenses.

De acordo com a nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, Aniquele Venturi, a distribuição dos alimentos aos quase 2 mil alunos da rede ocorre de acordo com a produção existente no município. Segundo ela, junto aos kits alimentação distribuídos, são incorporados folhosos (alface, couve e cebolinha), banana, banana passa, mandioca, milho verde, ovos, mel em sachê e quitandas.

A nutricionista, que é mestre em Nutrição e Saúde com o foco da pesquisa em agricultura familiar, destaca que o agricultor deve ser valorizado para que os seus sucessores queiram permanecer no campo. “É necessário dar apoio e comprar dos pequenos agricultores familiares, porque produzem 70% do que consumimos e o futuro da nossa alimentação depende deles”, destacou.

Publicidade