
Conquistado pela sociedade civil com muita luta, o direito à Assessoria Técnica Independente (ATI) aos atingidos pela mineração tornou-se um marco recente no contexto dos conflitos socioambientais causados por empreendimentos minerários em Minas Gerais.
A primeira ATI dessa natureza foi garantida às comunidades de Mariana, atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão (Samarco, Vale e BHP), ocorrido em 2015. Vítimas do maior crime socioambiental do Brasil, essas pessoas contam com assessoramento técnico desde outubro de 2016.
Assim a Cáritas MG, organização social que presta o assessoramento técnico às pessoas atingidas de Mariana, realiza lançamento do museu virtual “Mariana Território Atingido” e do livro “O direito das comunidades atingidas pela mineração à Assessoria Técnica Independente”.
Com participação de atingidos, representantes da Cáritas e de outras entidades, o lançamento duplo será realizado em Belo Horizonte, no dia 24 de maio, segunda-feira, no Teatro do Colégio Santo Agostinho; e, em Mariana, no dia 3 de junho, sexta-feira, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). No dia 25, terça, pessoas atingidas pela mineração e a Cáritas de Minas Gerais também participam de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em BH, centrada na urgência da reparação aos atingidos e no direito às ATIs.
Enquanto o site busca publicizar as informações coletadas, dando visibilidade à história das comunidades e ao impacto causado pela tragédia em cada uma delas, o livro traz como objetivo consolidar relatos de experiências das entidades que vêm atuando como assessorias técnicas escolhidas por comunidades atingidas pela mineração em Minas Gerais.