Arquidiocese de Mariana firma mais uma parceria com a FAOP

Imagem de Nossa Senhora do Rosário
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Na última quarta-feira, 24 de agosto, o Coordenador Arquidiocesano dos Bens Culturais, Padre Jean Souza, o Diretor do Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira, Padre Leandro Ferreira, e a Museóloga Fabiana Martins Souza receberam uma comitiva da Escola de Conservação e Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP)  composta pelas (os) técnicas (os) e professores Elisângela Figueiredo, Cybele Nascimento e Marcelino Lopes e o assessor da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade (EARMFA), César Teixeira.

A renomada instituição, com um importante histórico de trabalhos no campo da conservação e restauro de Bens Móveis e Integrados, já estabelece com a Arquidiocese de Mariana parcerias diversas na busca de conservar e restaurar parte do patrimônio que sofreu com os agentes de degradação. A equipe visitou o Museu Arquidiocesano e Arte Sacra e o Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira.

Desta visita frutuosa fora estabelecida mais uma parceria que ajudará na recuperação de parte do acervo arquidiocesano. O patrimônio que será recuperado é composto por um conjunto de nove peças da imaginária encerradas no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, atendendo à demanda de algumas paróquias e da própria instituição, duas pinturas de cavalete do acervo do Museu e do Arquivo Eclesiástico e material para o laboratório de papel do Arquivo Eclesiástico, que também servirão como material didático da Escola de Conservação e Restauro da FAOP.

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Patrimônio Histórico-Cultural

A Arquidiocese de Mariana, bem no coração das Minas Gerais, possui um acervo histórico-cultural vastíssimo, cujas referências reportam à constituição e estruturação do Brasil. É inegável a importância do patrimônio que se agremia espalhado por toda circunscrição canônica da Arquidiocese.

O acervo patrimonial contém uma gama de manifestações: a arquitetura robusta dos prédios históricos e dos modernos prédios aos estilos diversos da imaginária colonial apresentam consigo expressões do barroco e do rococó e seus expoentes tais como Manoel da Costa Athaíde, Francisco Vieira Servas, Francisco Xavier de Brito e Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Também obras do clássico e neoclássico, bem como do moderno jeito de se expressar nas artes visuais, culturais e sociais do povo mineiro católico ou de outras tendências de inspiração de artistas de considerada envergadura como Cláudio Pastro.

Destaca-se a importância da música que colabora com a estrutura nosso acervo e constitui o Museu da Música, as diversas partituras espalhadas pelas paróquias da Arquidiocese que ainda servem ao culto católico.

Os arquivos históricos do Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira, o grande material literário da Biblioteca dos Bispos, das Bibliotecas dos Seminários, dos arquivos históricos daquelas Paróquias que conseguiram, ao longo do tempo, se consolidar na conservação e proteção do acervo arquidiocesano guardando-o fidedignamente. Lembra-se igualmente a imaginária que mantém em si as expressões de uma catequese artística que comunica com o povo de maneira diferenciada nas pinturas parietais, nas telas, nas imagens sacras diversas símbolos das expressões devocionais do povo católico.

Não é possível descrever nesse espaço esse imenso Patrimônio Histórico que diz muito, como fora lembrado acima, sobre a história de um povo.

Tal acervo precisa ser conservado e protegido para que não pereça sob a ação degradadora do dos agentes temporais, quais sejam, desde a ação humana às intervenções da natureza como, por exemplo, ações dos agentes biológicos diversos.

Quando parte desse acervo sofre com os agentes de degradação provocando a deterioração do patrimônio faz-se necessária a parceria com profissionais competentes e com expertise comprovada para manutenção do Patrimônio. A consciência da necessária conservação preventiva pode colaborar, e muito, para se evitar que o avanço de ações predatórias não dilapide a história.

Reconhece-se que a escassez de recursos para que se possa promover a recuperação do acervo que se encontra em estado avançado de destruição é um considerável problema, dessa forma, algumas parcerias são bem-vindas. A competência técnica de bons profissionais pode, somada ao interesse das paróquias e dos demais organismos arquidiocesanos, bem como à execução de bons projetos e a busca e promoção de aquisição de recursos oferecem base sólida para proteção do presente acervo.

Colaboração: Comissão Arquidiocesana dos Bens Culturais

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