Para apoiar a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a Câmara Municipal de São Gonçalo realizou uma roda de conversa sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
A intenção era desmistificar o distúrbio do neurodesenvolvimento, explicar os sintomas e as formas de tratamento. “A saúde mental faz parte de todas as áreas da vida. E essas pessoas enfrentam desafios todos os dias. Por isso queremos oferecer informações para apoiar quem precisa”, afirmou o Presidente da Câmara, o vereador Diego Ribeiro (PDT).
A coordenadora de saúde da APAE SGRA, Rafaela Soares Dias explicou que o TDAH impacta diretamente o funcionamento mental das pessoas nas tarefas diárias e nas relações socioafetivas. Ela é fisioterapeuta e pós-graduanda em Neurodesenvolvimento e Neuropediatria pela UFMG. E alerta que o transtorno pode ser diagnosticado tanto na infância, mas também em adultos. E tranquiliza: “Tem tratamento. Quantos mais cedo for diagnosticado e tratado da forma correta, pode ser que não persista na vida adulta. O TDAH ainda é banalizado pela falta de informação. E sua identificação acontece depois de levar em conta uma série de critérios”, frisou. O vereador Kito Bicalho também esteve presente na palestra.
Tratamento individualizado
Rafaela Dias reforça que as fases do tratamento dependem de cada paciente e as ações são definidas de maneira individualizada, respeitando as características de cada pessoa. Isso porque o transtorno se manifesta de forma diferente em cada indivíduo e pode estar relacionado a outra disfunção mental. E que crianças e adultos expressam os sintomas de forma diferente.
O tratamento das crianças requer um cuidado centralizado na família, aliado à Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e atividades que incentivam o aprendizado. Isso inclui estratégias na escola, criar rotinas, adaptar o sono e até a mudança de organização do ambiente. Como nos adultos os impactos na tarefa também alcançam as relações e o trabalho a TCC ajuda no planejamento e organização das rotinas, além de criar atividades que transferem a energia e o foco. Nos dois casos, tudo é acompanhado no uso de medicamentos. Por isso, com a manifestação de sintomas clássicos e indicação de educadores, é preciso procurar ajuda médica.
