São Gonçalo pesquisa sua história

Relatos apontam a presença de imigrantes, espanhóis, ingleses e árabes que se instalaram na vila, hoje, São Gonçalo.

Canetas utilizadas para assinatura do Termo de Emancipação do município foram doadas para o acervo da Secretaria de Cultura.
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Informações inéditas sobre fatos da história de São Gonçalo do Rio Abaixo tem se revelado através de um intenso trabalho de pesquisa desenvolvido pelo Setor de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura da Prefeitura. Um material minuciosamente reunido para as comemorações dos 60 anos de emancipação da cidade.

O acervo documental (jornais, arquivos de instituições públicas, arquivos pessoais, inclusive do período colonial) possuem registros de fatos históricos desde o ano de 1712 até os tempos atuais, que evidenciam costumes e fatos marcantes.

Os trabalhos, ainda em andamento, revelam episódios curiosos como a festa de emancipação da cidade ter ocorrido dois meses antes da oficialização da emancipação. Fotografias e cadernos de receitas que compõem o acervo da família do primeiro prefeito, Odilon Martins Torres e objetos, como as canetas utilizadas na emancipação do município fazem parte das revelações. Ainda relatos da notável presença de imigrantes, espanhóis, ingleses e árabes que se instalaram na vila, hoje, São Gonçalo.

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Segundo o coordenador do setor, Danilo Souza Ferreira essa atividade busca apresentar e valorizar a memória e as mudanças de hábitos da população ao longo dos anos. “Através da leitura e pesquisa desses registros podemos vislumbrar a relação do são-gonçalense com a sua cultura e a sua história”, ressaltou.

Para a escritora e estudiosa da cultura da cidade, Míriam Blonski, conhecer, pesquisar e saber mais faz parte da história do indivíduo e dos lugares e “ama-se aquilo que se conhece”, então através desse trabalho, as gerações atuais e futuras passarão a admirar e respeitar o local. “Mesmo as que não são daqui, como eu, que não sou natural de São Gonçalo e amo a cidade como se fosse”, confessou.

Memórias dos sabores são-gonçalenses

Maria Vitória da Secretaria dePessoa Torres, filha da primeira-dama, mostra o caderno de receitas da mãe, agora, um dos arquivos Cultura.

Outra etapa que merece destaque é a “Gastronomia como espaço de memória – onde estão nossas receitas?”, a qual mapeia a memória dos saberes e fazeres culinários da população. Nessa pesquisa já se encontram cinco cadernos com registros de 1932 a 1989, entre eles, o da primeira-dama da cidade em 1962, Olinda Pessoa Guedes e de Maria José Lage Pessoa, professora do município durante a década de 1970.

Foto: Nívia Leles/Acom/PSGRA

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