Eleições americanas: Convenção democrata termina com protestos contra genocídio

Milhares de pessoas saíram às ruas durante a semana e 30 delegados do partido se manifestaram contra o genocídio em Gaza

Eleições americanas: Convenção democrata termina com protestos contra genocídio
Kamala Harris e Tim Walz na Convenção do Partido Democrata, - RS via Fotos Públicas
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Com o encerramento da Convenção Nacional Democrata nesta quinta-feira (22), Chicago se tornou palco de protestos contra a ofensiva israelense em Gaza, ganhando ainda mais relevância com a decisão do partido de não permitir uma voz pró-Palestina no palco principal.

Kamala Harris, candidata presidencial e vice-presidente dos Estados Unidos, foi ovacionada ao afirmar seu compromisso em garantir o direito à dignidade, segurança, liberdade e autodeterminação do povo palestino.

Ela destacou que seu objetivo, assim como o do presidente Biden, é encerrar a guerra, assegurar a segurança de Israel, libertar reféns e acabar com o sofrimento em Gaza.

Os aplausos e demonstrações de apoio a esse trecho de seu discurso foram notavelmente mais intensos do que os recebidos em sua fala anterior, na qual defendeu o direito de Israel se defender e garantir sua capacidade de fazê-lo, lembrando o horror causado pelo Hamas em 7 de Outubro.

Protestos

Durante a semana, uma grande quantidade de pessoas saiu às ruas em Chicago, com 30 delegados eleitorais do partido expressando abertamente sua oposição ao governo de Joe Biden e Kamala Harris.

As manifestações foram em sua maioria pacíficas, com apenas um incidente na terça-feira que resultou na detenção de alguns ativistas que ultrapassaram uma barreira de segurança. Além de Chicago, os protestos se estenderam até Washington D.C., com críticas ao apoio dos EUA a Israel.

O Hamas criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por manter tropas na fronteira entre o território palestino e o Egito, alegando que isso prejudica as negociações de trégua após meses de conflito. Enquanto Netanyahu negocia a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas, o movimento islamista não participa das negociações indiretas.

Os mediadores, Egito, Estados Unidos e Catar, têm tentado chegar a um acordo para encerrar a devastadora guerra no território palestino. No entanto, as negociações não avançaram, com relatos de intensos combates em Gaza e uma população exausta e aterrorizada pela violência contínua.

A incerteza sobre a possibilidade de uma trégua é evidente, com muitos cidadãos descrevendo a situação como motivada por interesses pessoais e falta de comprometimento dos envolvidos.

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