Em virada espetacular, Galo derrota o Bahia em Salvador e conquista o Brasileirão/21

Equipe volta a ser campeã brasileira após 50 anos com resultado conquistado ao estilo atleticano.

Com dois gols e uma "senhora" partida, Keno vira novo herói da Massa. Na imagem, comemora com Vargas, um dos seus gols.
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Cinquenta anos depois, o torcedor do Atlético-MG pode, enfim, comemorar o título brasileiro. Nesta sexta-feira (2), o Galo derrotou o Bahia por 3 a 2 na Arena Fonte Nova, em Salvador, assegurando o bicampeonato nacional por antecedência. Os cinco gols da noite saíram em um segundo tempo eletrizante, com destaque ao atacante Keno, que balançou as redes duas vezes e decretou a virada do campeão.
O Alvinegro foi a 81 pontos e não tem mais como ser alcançado pelo vice-líder Flamengo, que tem 70 pontos e ainda pode chegar a 79. O Esquadrão de Aço permanece com 40 pontos, abrindo a zona de rebaixamento.

Da primeira conquista (em 1971) para cá, os mineiros bateram cinco vezes na trave na busca pelo bi. Em 1977, 1980 e 1999, o Atlético foi à final do Brasileiro, mas foi superado, respectivamente, por São Paulo (nos pênaltis), Flamengo e Corinthians. Em 2012 e em 2015, já na era dos pontos corridos, o Galo foi vice, na ordem, para o Fluminense e novamente para o Timão. Ídolos históricos como Reinaldo (maior artilheiro do clube, com 255 gols) ou Ronaldinho Gaúcho (principal nome da conquista da Libertadores, em 2013) tentaram, mas não conseguiram tirar o Alvinegro da fila.

A espera acabou sob comando do mesmo treinador que levou o time ao título da Libertadores: Cuca. O Atlético assumiu a ponta do Brasileirão na 15ª rodada, ao derrotar o Juventude por 2 a 1, fora de casa, e de lá não saiu mais. Dono do segundo melhor ataque, com 60 gols, atrás somente do Flamengo (67), o Galo ainda tem a defesa menos vazada da competição, com apenas 27 gols sofridos em 36 jogos disputados.

Defesa menos vazada do campeonato, time do Galo teve Everson como segurança no torneio, mas gols do Bahia assustaram.

Como esperado, o Atlético se lançou ao ataque diante do Bahia desde os primeiros minutos. Aos quatro, Keno bateu da entrada da área e obrigou Danilo Fernandes a trabalhar. Aos 17, o atacante soltou a bomba de longe, mas o goleiro novamente salvou. Aos 39 minutos, quando o lateral Matheus Bahia errou o tempo de bola, Nacho Fernández invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, parando em outra intervenção de Danilo Fernandes. O Tricolor, mais preocupado com a marcação, aventurou-se pouco à frente. Até finalizou tanto quanto os mineiros (cinco), mas sem perigo à meta do goleiro Everson.
Segundo tempo sensacional
A equipe baiana voltou do intervalo com mais disposição ofensiva e equilibrou a partida e conquistou sua primeira vantagem. Aos 16 minutos, o zagueiro Luiz Otávio, de cabeça, aproveitou cobrança de escanteio pela direita e marcou um belo gol. Quatro minutos depois, Matheus Bahia cruzou rasteiro pela esquerda e o atacante Gilberto completou para as redes, ampliando a vantagem.

Atacante Hulk fez o primeiro gol do Galo de penalti e consolidou-se como artilheiro da competição até o momento

Os gols acordaram o Atlético, que voltou a marcar pressão e rapidamente conseguiu o empate. Aos 26, Eduardo Sasha foi derrubado por Luiz Otávio na área. O também atacante Hulk bateu e converteu a penalidade. No minuto seguinte, Keno dominou na entrada da área pela esquerda, levou para dentro e finalizou para vencer Danilo Fernandes. Não parou por aí. Aos 32, o meia Nathan achou Keno na meia-lua. O atacante chutou com a bola no ar e mandou no canto do goleiro tricolor, decretando a virada. Desordenado, o Bahia tentou reagir, mas não o suficiente para estragar a festa alvinegra em Salvador.
A vitória ampliou a vantagem do Atlético sobre o Flamengo em 11 pontos.

Angústia e vibração


Quem percorreu os principais pontos de concentração dos atleticanos para assistir a partida, seja em bares, restaurantes ou mesmo galpões, em cidades mineiras, puderam sentir a tensão e os minutos de puro sofrimento observados após os gols do Bahia. Pior não poderia parecer aos atleticanos.
A solução encontrada alguns minutos depois, após a marcação de um penalti a seu favor e convertido por Hulk, renovou as esperanças de um possível empate, que logo aconteceu: Keno fez o seu primeiro gol, empatando a partida. Para coroar sua brilhante atuação, marcou outro, para alívio dos torcedores do Galo.
A vitória consolidou a conquista do título de campeão pelos mineiros, que realizaram uma campanha invejável e sólida, do início ao fim do Brasileirão/2021 de futebol.
Fogos e buzinaço animaram ainda mais os torcedores do campeão brasileiro de futebol desta temporada.

Fotos: Pedro Souza/Atlético

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