Fim de mês com atrações no Memorial Vale

Atrações são para vários gostos. Exposições continuam dezembro adentro no Memorial

"Um pouco de Soul", com Joanne Fernandes é uma das várias alternativas em exibição no memorial. Foto: Rafael Silva
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Nesta terça-feira,(30) às 19h30, a cantora Joanne Fernandes apresenta o show “Um pouco de soul”, no YouTube do Memorial Vale. Joanne vai mostrar composições autorais, cuja proposta principal é espalhar alegria e positividade, com músicas e ritmos contagiantes. A ideia é levar ao público a música pop com pegada de soul brasileiro.

Joanne é cantora, compositora e saxofonista. Natural de Diamantina, teve seu primeiro encontro com a música aos 4 anos, cantando em corais. Pouco mais tarde, passou a integrar a Banda Mirim Prefeito Antônio de Carvalho, onde aprendeu seu instrumento.

Em dez anos de carreira, percorreu uma trajetória diversificada, cantando em shows, musicais, eventos e festivais, acumulando experiências e refinando sua identidade musical. Em 2020, lançou no carnaval de Diamantina seu novo formato de show, com músicas autorais e covers, com a parceria do produtor e saxofonista Mário Cunha.

Joanne em imagem de Rafael Silva


“ (é) A concretização de algo muito sonhado por mim, durante toda a minha carreira. Um projeto autoral! Irei apresentar quatro de minhas canções em um vídeo lançamento, onde troco o fundo cenário em cada música, interajo e conto um pouco do que quis dizer em cada composição”, disse Joanne.

Exposições em andamento

Até 9 de dezembro a fotógrafa Hana Brener exibe no site do Memorial Vale a exposição “Colheres”. A série Colheres mergulha em memórias, sabores e saberes, numa investigação das simbologias da colher de pau associada à comida, à cozinha, às mães, avós, mulheres. Corpos objetos, limpeza, obediência, cuidado, afeto, família, alimento e comunidade em confronto à colonialidade sobre corpos e fazeres.

Hana Brener é performer, arte-educadora, artista visual e bailarina pesquisadora. Formada em Biologia pela Universidade Federal de Viçosa, pesquisando os entrelaçamentos entre Arte e Agroecologia. Integra o Coletivo Riacho, no qual desenvolve trabalhos nas interfaces dança/teatro/fotografia/performance/instalação em investigações artísticas que mergulham nas nuances do existir corpo na relação com símbolos, mitos e ritos da nossa cultura.

Até 23 de dezembro a fotógrafa Maria Vaz realiza no site do Memorial Vale, a exposição “Passagens”. As fotografias são reconstruídas por meio de sobreposições, apagamentos e recortes, como também fazem a memória e a imaginação. Entre camadas, se perdem e se encontram as memórias vividas e as imaginadas, confunde-se real e fabulação, dentro e fora, público e familiar.

Maria Vaz é artista visual, fotógrafa e pesquisadora, bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG e mestranda em Artes Visuais pela UFMG. Em seus trabalhos trata da relação entre a memória individual e coletiva através da poética e da fabulação, desenvolvendo uma produção híbrida por meio de experimentações entre imagem e palavra, analógico e digital e o uso de arquivos públicos e familiares. É co-fundadora do duo Paisagens Móveis, onde trabalha em parceria com Bárbara Lissa, e membro dos coletivos/plataformas plataformas Women Photograph e Mulheres Luz. Participou de diversas exposições no Brasil. Em 2021 publicou seu primeiro fotolivro, junto do duo Paisagens Móveis. No mesmo ano foi selecionada pelo prêmio Pierre Verger e finalista nos prêmios Lovely e Foto em Pauta para a publicação de fotolivros.

Em outra exposição que vai até o dia 17 de dezembro o Memorial Vale traz um link (banner) para mostrar a galeria virtual multimídia “Centennials”, da fotógrafa Márcia Charnizon, que propõe um encontro com pessoas entre 16 e 19 anos, que cresceram com a cibercultura e não conheceram o mundo sem internet. Trata-se da primeira geração que teve a adolescência atravessada pela pressão e a ambiguidade da expressão das redes sociais e que está crescendo num tempo de colapso do edificio binário: homem X mulher, feminino X masculino/heterossexual X homossexual.

Conforme explica Márcia, neste projeto “escutei e fotografei adolescentes de realidades diversas, (mulheres cis/ transgênero e pessoas não binárias) que desde muito cedo tem a vivência marcada por estarem na contramão de padrões ditados pela nossa sociedade, seja através do corpo, de questões da sexualidade, gênero, raça, relações familiares ou tudo isso junto”. Em “Centennials” a artista busca dar visibilidade para esses corpos e suas coreografias, tatuagens, músicas, grafites e poesias, as cores dos seus cabelos e seus piercings, e fazer ouvir palavras que desconhecemos, gírias incompreensíveis e realidades que não eram nomeadas.

Márcia Charnizon é natural de Belo Horizonte e graduada em Comunicação Social pela PUC-MG. Começou a fotografar em 1983, combinando práticas artísticas diversas (fotografia, vídeo, escrita e arte sonora). Tem uma especial atuação no campo da criação de memória e a produção de novos sentidos com a fotografia de família, com trabalhos reconhecidos no Prix de la Photographie Paris, de 2009 a 2011. Seu livro “Memorabília da Casa do Azevedo” recebeu o XIII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, em 2013. A imagem, para Márcia , é sempre uma construção junto à pessoa fotografada com a escuta de histórias , dores e desejos mais íntimos. Márcia acredita que a potência do seu trabalho acontece dentro do espaço da intimidade, espaço que de fato a interessa.

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