Fundação Renova presta esclarecimentos a vereadores e é convocada por CPI das barragens

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Os vereadores de Mariana  se encontraram  com representantes da Fundação Renova durante reunião ordinária, na segunda (8) para  tratar sobre o número de famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão e que optaram pelo processo de compra assistida de novas moradias, além de outros detalhes.

Havia denúncias, segundo o vereador Cristiano Vilas Boas,  de excesso de morosidade na finalização dos acordos, o que dificulta a reparação.  A Fundação Renova, nesta reunião, revelou que o processo já foi concluído, juntamente com outras quatro famílias e mais três estão em fase final.

O vereador  Deyvson Ribeiro (SD) pediu melhor  acompanhamento das reformas feitas nas moradias e  José Jarbas Ramos Filho (PTB), solicitou o envio de todas as informações sobre as negociações de compras de imóveis para balizar futuras negociações.

Vereadores ouvem exposições sobre a atuação da Fundação Renova

Na reunião, o vereador Bruno Mol (MDB) pediu vista do Projeto  do Executivo, que  autoriza a abertura de crédito adicional especial no orçamento vigente para execução do termo de compromisso firmado junto à Fundação Renova para análise e fiscalização de obras e projetos arquitetônicos. (contratação de funcionários para acompanhar as obras). Ele afirmou que o  projeto chegou à Casa com vício e, por isso, precisa ser melhor debatido para elucidar as dúvidas dos parlamentares.

Convocação

Na mesma data, na Assembleia mineira, a Fundação Renova foi convocada a prestar esclarecimentos em CPI sobre barragens, após solicitação do deputado Thiago Cota, que cobra mais transparência da Fundação e a abertura da “caixa preta” dos seus gastos bilionários, afirmou o requerente.

Segundo ele, a  CPI requisitará que a Fundação Renova informe o quantitativo e os nomes dos funcionários da Fundação Renova, bem como os valores dos respectivos salários, proventos, honorários ou qualquer outra forma de remuneração; e, ainda, o balanço detalhado de todos os gastos realizados pela Fundação com indenizações, reparações e/ou compensações de danos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão.

O deputado disse que chegam várias denúncias em seu gabinete sobre os altos salários pagos para diretores da Fundação Renova, contratos milionários e ações obscuras.

Entraves, indefinições e recuos atrasam reassentamentos, e críticas chovem. Foto Gui Guedes

Para Thiago Cota, a maior preocupação é que a Fundação Renova não cumpra o seu compromisso social com a cidade de Mariana. Ele fez um alerta em relação aos valores gastos pela Fundação que já ultrapassaram os cinco bilhões de reais e que  quase nada foi feito para Mariana até o momento, e nenhuma casa foi entregue aos atingidos.

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