Gerdau investe na preservação do patrimônio histórico-cultural em Miguel Burnier

Serão investidos R$ 15 milhões no total. A primeira etapa tem previsão de ser realizada ainda neste semestre.

Projeto desenvolvido no distrito de Ouro Preto foi construído junto com a comunidade, Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural, Prefeitura e Câmara do município
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A Gerdau iniciou um projeto de valorização da memória e incentivo à cultura mineira no interior do estado: o Patrimônio Vivo. A iniciativa começa a ser desenvolvida na comunidade de Miguel Burnier, distrito de Ouro Preto.

O investimento de R$ 15 milhões será aplicado em ações de revitalização e manutenção do local para beneficiar a comunidade e incentivar o turismo na região.

Dentre as diversas iniciativas, destaca-se um grande projeto para a restauração da Igreja Sagrado Coração de Jesus, de 1933 e com seus 1.239,58m², bem como a revitalização do paisagismo com 8.274m² de área.

Ainda serão feitas obras de drenagem e pavimentação do entorno, considerando as memórias dos moradores e as necessidades atuais, como o acesso para as manifestações culturais do Congado, por exemplo.

Ao lado da Igreja, será construída uma área de convivência, preparada para receber as festas tradicionais da comunidade, entre elas, as coroações dos Sagrados Corações de Maria e Jesus.

A revitalização do coreto, totalizando um novo espaço com cerca de 406m², além da criação de 25 vagas estacionamento, estão previstas.

Também faz parte do Patrimônio Vivo a restauração e destinação do Dormitório, edificação que ocupa um terreno de 432m² e uma área construída de quase 150m² e que pertence ao conjunto ferroviário de Miguel Burnier, datado entre as décadas de 20 e 30.
A proposta apresentada pela comunidade é que este espaço passe a ser uma espécie de local para receber o turista e apresentar a produção local, como o bordado.
Igualmente relevantes serão as ações para a proteção da estrutura da igreja Nossa Senhora Auxiliadora de Calastróis, data de 1749.


Mais intervenções


Outras frentes de trabalho serão realizadas ao longo deste ano, como o levantamento territorial urbano, o diagnóstico turístico, fortalecimento da economia local, potencialização do artesanato, economia circular e o apoio na reestruturação do patrimônio imaterial, com investimentos para a banda, congado, quitutes e educação patrimonial.

Em paralelo, há um outro investimento acontecendo na revitalização da antiga Usina Wigg, referência histórica no marco da siderurgia e produção de ferro em Minas Gerais.
A companhia se tornou referência para processos modernos de fundição no início da indústria siderúrgica brasileira, no final do século XIX, movimentando a economia e o desenvolvimento do país.

A Usina Wigg teve como principal foco a incorporação de inovações tecnológicas para o campo da produção siderúrgica. Para conhecer um pouco mais sobre a Usina Wigg, visite: https://usinawigg.mmgerdau.org.br/

Processo de construção

Durante pouco mais de um ano, foram realizadas cerca de 20 reuniões com a comunidade local, com representantes da Prefeitura e Câmara Municipal, Conselhos Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural (COMPATRI) e de Meio Ambiente (CODEMA) de Ouro Preto, para juntos, estruturar e validar a iniciativa.
“O projeto Patrimônio Vivo foi construído a muitas mãos para que chegássemos a um resultado que atendesse a expectativa do coletivo e que principalmente, preservasse de forma consciente os espaços e, em alguns casos, requalificando seu uso”, destaca Wendel Gomes, Diretor Executivo da Gerdau.
Segundo ele, a iniciativa vai contribuir para o resgate da história e do pertencimento ao local, preservar as muitas lembranças dos moradores da região e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial.
“É uma forma de preservar não somente o local, mas a cultura e a representatividade que Miguel Burnier tem para Ouro Preto e Minas Gerais”, disse.

O Patrimônio Vivo conta com a parceria do escritório ouro-pretano especializado na preservação de patrimônio cultural, Joglo e da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Ouro Preto (ADOP).

Sobre o distrito de Miguel Burnier

Localizado a 40 km do centro de Ouro Preto, a comunidade tem forte ligação com a história de Minas Gerais, incluindo a Inconfidência Mineira e o início da ferrovia e a siderurgia no Brasil, no século XIX.

Como patrimônios imateriais possui valores como o congado, a banda, o coral, o artesanato, e a culinária.

Foto: Divulgação Gerdau

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