O anúncio foi feito oficialmente por Cyril Ramaphosa, líder da Índia, que indicou as entradas de Argentina, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito e Etiópia no BRICS.
Trata-se verdadeiramente do início de uma nova era, diz reportagem da agência Sputnik.
Era essa marcada pelo aumento da influência do BRICS em regiões do mundo onde até então sua presença era bastante limitada.
Agora, o grupo adquire o apoio de boa parte do Mundo Islâmico, por conta das entradas de Irã, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Egito, que certamente contribuirão para a defesa da pluralidade civilizacional e de sistemas de valores nas relações internacionais.
Em cooperação com o BRICS, estes países adicionarão maior capital político ao grupo, que terá melhores condições de lidar com o imperialismo cultural do Ocidente.
Ele é representado, de acordo com a matéria, por sua desavergonhada prática de querer ensinar aos outros países do mundo como eles devem viver e se comportar.
Com isto, o BRICS representará um limite ao novo processo “civilizatório” global empreendido por europeus e americanos.
Chama a atenção também a entrada simultânea de Arábia Saudita e Irã ao grupo.
Isto se dá justamente pelo fato de que ambos os países estiveram por anos envolvidos em polémicas referentes à disputa por influência e poder no Oriente Médio.
Pode-se dizer, contudo, que o recente papel da China como intermediária no processo de regularização dos contatos diplomáticos entre esses dois países foi peça-chave para que hoje eles possam fazer parte do BRICS.
No caso do Irã, em particular, o simbolismo incutido na entrada do herdeiro do histórico Império Persa ao BRICS é altamente relevante.
Assim como é relevante do ponto de vista geoestratégico, dado que o Irã representa o segundo país com maior extensão territorial de sua região, além de possuir boas relações com China e Rússia.
No mais, é preciso ressaltar que os países do Oriente Médio que aderiram ao BRICS são ricos em recursos naturais, como petróleo e gás natural.
Suas relações com o Ocidente (como no caso de Irã e Egito) passaram por momentos de aguda deterioração ao longo das últimas décadas.
*sputnik
Foto: Ricardo Stuckert