Ouro Preto planeja eventos e ações para a revitalização dos setores cultural, turístico e econômico após a quarentena

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Já com os olhos voltados para o futuro, Ouro Preto se prepara para uma rápida reativação de sua agenda de ações culturais assim que for anunciado o fim da pandemia.

Dentre os eventos já planejados, a cidade quer celebrar os 250 anos da Casa da Ópera, o mais antigo teatro em funcionamento das Américas, e o tricentenário da sedição de Vila Rica, 300 anos também de Minas Gerais, pois foi em 2 de dezembro de 1720 que a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro foi desmembrada pela Coroa Portuguesa para tornar-se a Capitania de Minas, que teve Vila Rica como sua capital. Historicamente, a data representa o nascimento do nosso Estado.

Uma parceria já acertada com a Funarte, a Fundação Nacional de Artes, prevê ainda, para o segundo semestre, uma ampla programação comemorativa dos 40 anos do título de patrimônio mundial concedido a Ouro Preto pela Unesco, em 1980.

Além de anunciar todos esses planos, voltados para amenizar o impacto que as medidas de contenção do coronavírus provocaram no setor cultural, turístico e, sobretudo, na economia local, o secretário de Patrimônio e Cultura de Ouro Preto, Zaqueu Astoni, informou que foi recentemente procurado pelo presidente interino do IPHAN, Robson Almeida. “Ele comunicou a liberação de recursos para a segunda etapa das obras de restauro da Matriz de Santo Antônio, no distrito de Glaura. Somos gratos pelo empenho pessoal do Doutor Robson Almeida na viabilização dessa obra e, na oportunidade, solicitei que a restauração da Igreja de Bom Jesus do Matosinhos, na sede, e a Matriz de São Bartolomeu, no distrito, pudessem receber também uma atenção especial do IPHAN”, informou o secretário: “Estamos empenhados também em providenciar alterações no segundo edital do Fundo Municipal de Cultura, que terá, neste segundo semestre, o dobro do valor que era investido anteriormente”. Segundo ele, serão R$200 mil reais a serem direcionados aos projetos dos artistas locais, que passarão a receber antecipadamente, ou seja, antes da execução de seus trabalhos, como forma de contribuir para que os produtores de arte do município possam se recuperar mais rapidamente da crise.

Zaqueu antecipou que está em contato com a criadora e diretora geral do ‘Tudo é Jazz’, Maria Alice Martins, a Biiça, para que Ouro Preto possa novamente sediar este grandioso Festival que reúne grandes nomes da música nacional e internacional. Planeja-se ainda o retorno do projeto ‘De Conversa em Conversa’, com músicos de projeção nacional, patrocinado pela Cemig. Para o diretor de eventos da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio, Alex Brito, é prioridade a retomada de uma programação de qualidade, como ocorreu em 2019, quando uma série parcerias viabilizou a promoção de diversos acontecimentos pela cidade: “Todos nós estamos dedicados na preparação de eventos que possam somar e contribuir para o resgate do setor do Turismo, e trazer renda e oportunidades para a população assim que for possível e seguro”, disse o diretor.

Com tudo isso, preparada para se reerguer após esse longo e difícil período de quarentena, Ouro Preto espera não apenas retornar à normalidade, mas se afirmar novamente, no cenário nacional, como polo irradiador de Cultura e Arte.

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