A Samarco atingiu, nesta semana, a marca de 20 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro produzidas desde a retomada das operações em dezembro de 2020.
Nesse período, foram embarcados 200 navios.
A empresa retomou suas operações sem a utilização de barragens de rejeitos, e prevê alcançar 60% da capacidade produtiva a partir de 2025.
“Avaliamos esse desempenho de uma forma positiva para o nosso negócio. A continuidade das operações também é uma oportunidade para que possamos compartilhar valor com a sociedade”, destacou o diretor de Operações, Sérgio Mileipe.
Segundo o diretor, para esse ano a expectativa é que a produção atinja cerca de 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro.
Isto significa um incremento de 10% com relação ao volume produzido nos dois anos anteriores.
Ele assegurou que as boas práticas mostram que é possível fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, conforme o propósito da mineradora.
Segundo o gerente-geral Comercial e Marketing, Renato Pereira, a Samarco consolidou seu retorno ao mercado desde a retomada operacional.
“Mais do que números, além de concretizarmos a estabilidade operacional da empresa, restabelecemos e estreitamos ainda mais as relações com nossos clientes. Fornecemos produtos de elevada qualidade cujo valor agregado proporciona maior eficiência e performance na produção de aço, contribuindo também para a redução de gases de efeito estufa, como o CO2″, ressaltou Renato.
Os produtos da Samarco integram a cadeia produtiva de importantes siderúrgicas da Europa, Oriente Médio, Norte da África e Américas, além do mercado interno.
A previsão é que a retomada total da capacidade produtiva seja alcançada de maneira segura até 2028.
Somente para este ano os investimentos da empresa são da ordem de R$ 1,6 bilhão.
Além da sustentação do negócio, os recursos são destinados ao projeto de descaracterização da cava e da barragem de Germano, obras em estágio avançado, e a projetos de inovação.
Desenvolvimento Sustentável
A Samarco tem investido em tecnologias inovadoras em prol do desenvolvimento sustentável.
Entre as ações, destaca-se o pioneirismo da empresa na utilização de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, como alternativa complementar ao calcário.
Atualmente 30% das pelotas produzidas possuem coproduto de mármore.
Desde a homologação do coproduto em outubro de 2022, foram adquiridas mais de 21 mil toneladas do material.
Entre os vários benefícios estão a redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, além dos impactos positivos na qualidade da pelota.
Dry Stacking
Para realizar o projeto, a empresa investiu cerca de R$ 19 milhões.
Ele consiste na construção de uma nova planta de filtragem e de aterros experimentais para uma análise abrangente das melhores formas de disposição e do comportamento geotécnico das pilhas de rejeitos.
Desde a retomada gradual das operações, a Samarco opera com um sistema de filtragem e empilhamento a seco de cerca de 80% do rejeito gerado.
O Dry Stacking é um projeto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) que permitirá que a empresa atinja a marca de 100% de rejeito seco e disposto em pilhas.
Foto: Jefferson Rocio e Pixel Vídeo