Idealizada e executada pela professora e artista visual Sofia Martino, a Oficina de Máscaras Brincando de Zé Pereira, foi finalizada no último sábado (19), na Casa da Cultura, e contou com a participação de mais de 30 pessoas. O curso que teve início no final de semana do dia 12, é mais um projeto do Edital Fazendo Arte.
Por que o nome Zé Pereira?
As máscaras carnavalescas que dão vida a brincadeira possuem uma origem antiga e não muito clara. De acordo com historiadores, os primeiros registros do bloco de carnaval Zé Pereira são do século 19. Na segunda-feira do carnaval de 1846, na cidade do Rio de Janeiro, o português José Nogueira de Azevedo Paredes, juntou os amigos e realizou uma barulhenta passeata, na qual desfilavam mascarados, a brincadeira foi chamada de Zé Pereira. Contudo, existem outros historiadores que acreditam que a tradição tem como fundamento a mistura entre as culturas portuguesa e africana.
Resgate da cultura
Apesar do nome Zé Pereira não ser conhecido pela maioria das pessoas, o hábito da confecção de máscaras lúdicas carnavalescas está presente em várias outras regiões do Brasil. Como por exemplo nas cidades de Outro Preto, Mariana e Rio de Janeiro.
“Lá no Morro D’Água Quente essa brincadeira tem o nome de “Os Mascarados”, as próprias pessoas vão reconstruindo a tradição” Sofia Martino, instrutora da oficina.
A artista visual contou que a ideia para a criação da oficina surgiu após assistir ao desfile dos Mascarados e ao documentário “Terreiros do Brincar” disponível no site da produtora Maria Farinha Filmes.
Como são feitas das máscaras?
As máscaras são feitas a partir do reaproveitamento de papel, por meio da papietagem. Uma técnica de moldagem e cobertura a partir de retalhos de papel que são colados a uma bexiga cheia de ar, usada como molde para a máscara. Após a secagem da primeira estrutura, mais papeis são utilizados para a modelagem dos rostos.
Além das máscaras, a papietagem também é utilizada na confecção de esculturas, brincos, bijuterias, acessórios e fantasias. Com a estrutura pronta e o rosto devidamente moldado, as máscaras podem ser incrementadas de acordo com a criatividade do artesão!
Chirley Santana, é moradora do bairro Ipanema e aproveitou a tarde do último sábado para tirar as crianças de casa e curtir a atividade na Casa da Cultura.
“ Depois de tanto tempo em casa… Eu não gosto muito de pintar, mas quando a gente começa é bom.”