Após os disparos do exército israelense contra a Paróquia da Sagrada Família na cidade de Gaza, o Papa Francisco voltou a rezar pela paz nesta terra martirizada.
Ele pronunciou os nomes das vítimas surpreendidas pelo ataque fatal ocorrido: “onde há não terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes e com deficiência, freiras. Uma mãe e sua filha foram mortas”, afirmou.
“Alguém diz: “É o terrorismo, é a guerra”. Sim, é a guerra, é o terrorismo. É por isso que as Escrituras afirmam que “Deus faz cessar as guerras… ele partiu os arcos e quebrou as lanças” (Sl 46,9). Rezemos ao Senhor pela paz”
Depois da oração do Angelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco lançou mais uma vez um apelo pelo que está acontecendo na Terra Santa.
Ele falou um dia apó o ataque israelense contra a Paróquia latina da Sagrada Família na cidade de Gaza.
O ataque causou a morte de duas mulheres , mãe e filha: Naheda e Samar.
A dor pela morte de civis
O Pontífice acompanha com apreensão a trágica evolução do conflito no Médio Oriente: “Continuo a receber notícias muito graves e dolorosas de Gaza”, afirma.
Civis inermes são alvo de bombardeios e disparos. E isto aconteceu até mesmo dentro do complexo paroquial da Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes e com deficiência, freiras. Uma mãe e sua filha, Sra. Nahida Khalil Anton e sua filha Samar Kamal Anton, foram mortas e outras pessoas feridas por atiradores de elite, enquanto iam ao banheiro… Foi danificada a casa das Irmãs de Madre Teresa, atingido seu gerador .
OMS: o Hospital Al-Shifa, um banho de sangue
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou ter participado de uma missão conjunta das Nações Unidas para levar suprimentos médicos e avaliar a situação no Hospital Al-Shifa, em Gaza.
A equipe entregou medicamentos e material cirúrgico, equipamento de cirurgia ortopédica, materiais e remédios para anestesia ao hospital, que “atualmente está minimamente funcional”, disse a OMS, citada pelo jornal Haaretz.
O pronto-socorro do Hospital al-Shifa, o maior do norte de Gaza, é “um banho de sangue” e a instalação “precisa de reanimação”, alertou a Organização Mundial da Saúde.
A OMS, citada pelo Guardian, afirmou que “dezenas de milhares de pessoas deslocadas estão utilizando o prédio e os terrenos do hospital para se abrigarem” e que há “uma grave escassez” de água potável e alimentos.
As salas de cirurgia não estão funcionando devido à falta de combustível, oxigênio e outros suprimentos, disse a organização, falando de “centenas de feridos”.
Blackout continua em Gaza
O apagão das comunicações telefônicas e dos serviços de Internet em Gaza.
Este já tornou-se, até agora, o período mais prolongado desde o início da guerra.
As duas principais companhias da Faixa, Paltel e Jawall, anunciaram o fim dos serviços “devido à agressão israelense” ao enclave palestino na tarde da última quinta-feira e a interrupção está em vigor desde então.
Foto: Vatican Media via Reuters