O secretário-geral da ONU, António Guterres , visita Kiev, capital da Ucrânia, na quinta-feira, 28 de abril, onde se reunirá com o presidente Volodimir Zelensky , dois dias depois de passar por Moscou e fazer o mesmo com o chefe do Kremlin , Vladimir Putin , anunciou a assessoria de imprensa da organização internacional.
“O secretário-geral visitará a Ucrânia na próxima semana. Ele terá uma reunião de trabalho com o chanceler Dmitri Kuleba e será recebido pelo presidente Volodimir Zelensky em 28 de abril”, disse o serviço de imprensa da ONU em comunicado.
“Ele também se reunirá com funcionários das agências da ONU para discutir a expansão da assistência humanitária ao povo da Ucrânia”, acrescentou o relatório oficial.
Nesta sexta-feira (22), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou que Guterres chegará a Moscou na terça-feira, 26, para se encontrar com Putin e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
“Na terça-feira, 26 de abril, chegará a Moscou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que pretende negociar com o chanceler russo, Sergei Lavrov. O presidente russo, Vladimir Putin, também o receberá”, disse o porta-voz.
Foto: AFP.
Nesta semana, Guterres enviou cartas a Putin e Zelensky, nas quais pediu para se encontrar com ambos em Moscou e Kiev, respectivamente.
Como garantiu que a Rússia viola a Carta da ONU ao invadir a Ucrânia, Putin se recusou a falar com Guterres , que ao mesmo tempo tinha poucos contatos com o presidente ucraniano, com quem conversou por telefone em 26 de fevereiro.
Neste “tempo de grande perigo e consequências, (Guterres) gostaria de falar sobre medidas urgentes para pacificar a Ucrânia e o futuro do multilateralismo baseado na Carta das Nações Unidas e no direito internacional”, disse seu porta-voz, Stéphane Dujarric, nesta semana.
O secretário-geral observou que “a Ucrânia e a Federação Russa são membros fundadores da ONU e sempre foram fervorosos apoiadores” da organização, acrescentou.
Guterres também denunciou a nova ofensiva russa no leste da Ucrânia e pediu que as partes parem de lutar durante uma “pausa humanitária” de quatro dias durante a Páscoa ortodoxa, celebrada de quinta a domingo .
