São Paulo – O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) avalia, na eleição deste ano, a Câmara terá mais candidatos à reeleição do que em 2018, mas dentro da média dos últimos seis pleitos. Por enquanto, até a última quinta-feira (11), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrava 310 deputados, de um total de 513, que voltarão a disputar uma cadeira. Mas essa participação, de 60,42%, ainda deverá crescer. Para o Diap, o índice de recandidaturas “tende a ser um dos mais expressivos” das seis últimas eleições.
Até a última quinta-feira (11) constavam na plataforma do TSE 310 dos 513 deputados federais como candidatos à reeleição. “Isso (aumento de recandidaturas) pode ocorrer porque, das 203 candidaturas faltantes, muitos partidos ainda não formalizaram os pedidos de homologação dos candidatos à reeleição”, comenta o Diap. “Dentre esses, MDB e PP, são exemplos de partidos que possuem ainda baixo registro de candidaturas”, acrescenta o instituto, que divulgou levantamento preliminar em parceria com a consultoria Contatos Assessoria Política.
Quatro anos atrás, 404 deputados disputaram a reeleição – 78,75% do total. Um pouco abaixo da média desde 1990: 408 (80,05%). Ainda em 2018, das 513 vagas, 274 ficaram com reeleitos e 239, com novos deputados. O Diap usa como critério para definir candidatos à reeleição apenas os federais no exercício do mandato no momento do pleito, “independentemente de serem titulares, suplentes ou efetivados durante a legislatura”.
Doze candidatos a presidente
O prazo para registro de candidaturas no TSE termina amanhã (15). Até agora, há 8.951 pedidos encaminhados. O tribunal também recebeu, até agora, 12 pedidos de registro para disputar a Presidência da República: Ciro Gomes (PDT), Felipe d´Avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), José Maria Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pablo Marçal (Pros), Roberto Jefferson (PTB), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronick (União Brasil) e Vera Lúcia (PSTU).
Ainda de acordo com o levantamento do Diap, Rede, PCdoB, Cidadania, Avante e PSDB “foram os partidos que registraram mais recandidaturas proporcionalmente às bancadas em exercício do mandato na Câmara”. Mas a Rede, por exemplo, tem apenas dois deputados, ambos disputando a reeleição. No caso do PCdoB, são sete de uma bancada formada por oito parlamentares. No PL, que tem a maior bancada, por enquanto 53 dos 77 (68,83%) estão na disputa. Já o PT, que tem 56 deputados, até o momento 40 (70,43%) fizeram pedidos de registro. No PP (58), o índice atual é de 37,93% e no MDB, ainda menos: 29,73%.
A legislatura atual é considerada uma mais conservadoras na história do parlamento. Candidatos do campo progressista, inclusive Lula, que lidera as pesquisas, tem reiterado a importância de renovar a Câmara com candidaturas mais comprometidas com a área social.