Engenheiros da Tüv Süd ficaram calados na CPI da Assembleia mas pressão vai aumentar

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Os engenheiros Makoto Namba e André Jum Yassuda, engenheiros da Tüv Süd Brasil, empresa alemã contratada pela Vale para realização de auditorias na área de barragens,foram ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho, emreunião realizada nesta manhã (2).

Eles ficaram calados e não responderam ás mais de 50 perguntas elaboradas pelos deputados mineiros.

Os engenheiros são os responsáveis pelo laudo de estabilidade da barragem de rejeitos da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu no dia 25 de janeiro e deixou mais de 300 mortos.

Logo após a tragédia, eles e outros funcionários da Vale já haviam sido presos e foram soltos posteriormente por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

André Yassuda e Makoto Namba foram chamados também para depor na CPI do Senado que apura o rompimento da barragem em Brumadinho. No dia 3 de abril, eles participaram de reunião dessa comissão, mas ficaram calados. Isso porque obtiveram no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da ministra Rosa Weber, um habeas corpus garantindo-lhe o direito ao silêncio naquela sessão.

De acordo com o vice-presidente da Comissão, deputado André Quintão, “ o silêncio dos depoentes faz aumentar ainda mais a convicção da responsabilidade pelo crime da Vale em Brumadinho”. Segundo eles, após analisarem todos os depoimentos realizados pelos investigados à PF e cruzarem informações, crescem entre os deputados as evidências de que a tragédia poderia ser evitada.

Ele informou que a partir de agora serão chamados a depor aos membros da  CPI diretores e dirigentes da Vale.

Foto: Sarah Torres/AL

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