Diante de uma onda de manifestações, professores e técnicos de colégios e institutos federais decidiram deflagrar uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (3).
O anúncio aconteceu durante o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que incluiu um protesto em frente ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília.
As reivindicações incluem a reposição de perdas salariais acumuladas durante os governos anteriores, a reestruturação dos planos de carreira, mais investimentos nas instituições e a realização de um concurso para contratação de mais funcionários.
Os servidores técnicos administrativos (TAEs) das universidades federais já estão em greve desde 11 de março e agora os professores e técnicos dos colégios e institutos federais se unem a eles.
Mais de 260 unidades da rede federal em 21 estados já aderiram à greve, incluindo 31 instituições em Minas Gerais. Os professores das universidades federais também estão se preparando para entrar em greve em 15 de abril.
O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh) destacou a importância da luta em defesa da educação pública e das condições de trabalho e estudo.
Segundo o sindicato, as negociações com o governo não têm avançado e as propostas de reajuste não atendem às necessidades da categoria.
Enquanto o Ministério da Educação não se pronunciou sobre as greves, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que, em 2023, concedeu um reajuste salarial de 9% e um aumento de 43,6% no auxílio alimentação dos servidores.
Além disso, foi criado um Grupo de Trabalho para tratar da reestruturação do plano de carreiras dos técnicos-administrativos educacionais.
O relatório final do GT foi entregue à ministra Esther Dweck e servirá como base para a proposta do governo nas negociações com os servidores.