O segundo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo nas Eleições 2024, realizado em parceria entre Terra, Estadão e FAAP nesta quarta-feira (14), foi marcado por tensões, provocações e poucas propostas concretas.
Entre os participantes estavam Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), principais nomes nas pesquisas de intenção de voto.
Boulos, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protagonizou momentos de tensão com o ex-coach e empreendedor Pablo Marçal, que tem se colocado como o candidato da direita.
O empresário provocou o psolista com uma carteira de trabalho, insinuando que o adversário nunca havia trabalhado.
Boulos, por sua vez, chamou Marçal de “mentiroso compulsivo” e comparou-o ao polêmico Padre Kelmon, que participou das eleições presidenciais de 2022.
O formato do debate incluiu cinco blocos, nos quais os candidatos subiam ao palco em duplas sorteadas para responder perguntas de jornalistas e discutir temas como educação, economia e segurança pública.
No primeiro bloco, que abordou educação, Ricardo Nunes e Marina Helena iniciaram o debate mantendo o foco em propostas, mas a troca de ideias logo cedeu espaço para embates sobre temas polêmicos, como ideologia de gênero.
No mesmo bloco, Datena e Boulos trocaram falas mais moderadas, enquanto Tabata Amaral e Pablo Marçal discutiram sobre igualdade racial.
Ao longo do debate, outros confrontos ocorreram, como entre Datena e Marina Helena sobre a Cracolândia, e Tabata Amaral e Ricardo Nunes em relação à mobilidade urbana e obras na cidade.
Apesar das provocações, houve momentos de discussão sobre inovação, planejamento urbano e medidas de sustentabilidade.
O evento teve dificuldade dos candidatos em apresentar soluções claras para os problemas da cidade, com muitos preferindo o confronto pessoal em vez de discutir propostas concretas.
Foto: Leandro Paiva e Guilherme Correa