Continuam as discussões sobre a adesão do município de Ouro Preto ao projeto “Mãos Dadas”, que será um convênio com o governo estadual para que os municípios ampliem as vagas dos anos iniciais do ensino fundamental de acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
O tema foi abordado na semana passada entre a administração municipal e estadual.
De acordo com o prefeito Angelo Oswaldo, será criado um grupo de trabalho para analisar em profundidade o projeto da municipalização e nenhuma deliberação será tomada pela Prefeitura sem a realização de uma audiência pública, com participação dos conselhos municipais de educação, além do Sindicato dos Sevidore Públicos ´Municipais de Ouro Preto (SINDSFOP) e SINDUTE-MG.
Ele frisou que todos os atores serão ouvidos, além os vereadores e a comunidade ouro-pretana.
Angelo ainda reforçou a importância de Ouro Preto como uma cidade educadora, com uma rede estadual importante, uma rede municipal ampla, uma universidade federal e um instituto federal. “Portanto, queremos a educação da melhor qualidade e só definiremos a nossa posição perante a proposta do Estado após essa grande audiência. Após a elucidação de todos os detalhes, a posição correta vai sair num consenso dos educadores e educadoras de Ouro Preto, dos representantes da comunidade e de todos àqueles que têm um compromisso com a qualidade da educação no nosso Município”.
O secretário de Educação, Rogério Fernandes seguiu a mesma linha e afirmou que o debate será amplo, ” respeitando, inclusive, a história construída, as várias vidas que serão impactadas diretamente com essa municipalização. Isso traz um impacto direto em toda a estrutura municipal de ensino e também mexe com a vida do servidor do estado. Nós teremos muito respeito no trato dessa questão”.
A adesão ao programa “Mãos Dadas”, defendida pelo governador Zema, pretende municipalizar em Ouro Preto as Escolas Estaduais Marília de Dirceu, Dom Veloso, Horácio Andrade(as três na sede), José Leandro (em Santa Rita), Nossa Senhora Auxiliadora (em Cachoeira do Campo) e a escola Daura de Carvalho Neto (em Antônio Pereira).
Foto: Neno Vianna/PMOP