“PRONCOVÔ”, show cênico de Laura de Castro e Zé Motta, estreia no Memorial Vale

Montagem aborda o ato de caminhar para refletir sobre a vida e a arte.

o ato de caminhar para refletir sobre a vida e a arte.
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Proncovô” é um show poético musical que celebra a arte do caminhar, presta homenagem ao artista mambembe, ao andarilho e à vocação nômade do artista, que parte sempre em busca de seu público.
Protagonizada por Laura de Castro e Zé Motta, a montagem com direção e dramaturgia de Eduardo Moreira e direção musical de Sérgio Pererê.

Ela traz os atores-músicos para a cena como trovadores populares e contemporâneos, tocando, cantando e recitando textos e poemas costurados em uma dramaturgia que festeja a cultura brincante brasileira.
Com composições autorais que se juntam a canções populares, o espetáculo convida o público para uma experiência em que a emoção do encontro fala mais alto.
A montagem que já passou por Sabará, Catas Altas, Barão de Cocais, Itabirito e Ouro Preto chega agora a Belo Horizonte.
A apresentação será no dia 27 de abril, às 16h, no Memorial Vale, com entrada gratuita.

Trajetória


A escolha por iniciar a turnê por essas cidades já estava no cerne do projeto, que nasceu com o objetivo de percorrer pontos importantes da Estrada Real.
“Após a pandemia, percebemos uma ebulição cultural, a volta dos shows e peças, porém percebemos que isso estava forte apenas nos grandes centros e capitais. Nosso desejo foi descentralizar, levar nossa arte até essas pessoas”, explica Laura de Castro.

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A força do encontro ao longo da caminhada é uma metáfora do próprio processo do espetáculo, que marca a reaproximação artística de Eduardo Moreira e Laura de Castro, que viveram uma experiência teatral juntos anos atrás.
“É um encontro artístico e afetivo. A Laura trabalhou comigo quando tinha quase 12 anos de idade. Quando ela me convidou para fazer a direção de um show dela com Zé, topei na hora porque deslumbrei a possibilidade de trabalhar o jogo e a relação da música com o teatro e, somado isso, tendo a liberdade de abordar um assunto que sempre me interessa muito que é o caminhar, o lugar do andarilho, do nômade, aquele que está sempre locomovendo-se em busca de alguma coisa”, conta Moreira.

“Acredito que a assinatura do Eduardo está bem impressa na peça, a leveza, a poesia, a comicidade, o movimento. E, ao mesmo tempo, ele nos dá liberdade e nos incentiva a colocarmos nossa marca”, acrescenta Laura.
O roteiro final faz uma colagem com escritos e poemas de diversos autores como Antônio Machado, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski, Fernando Pessoa, incluindo também composições musicais dos artistas-cantores, misturadas com clássicos da música popular, criando um caleidoscópio de sensações.

Foto: Guto Muniz

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